Ato na Praça da Sé: 8/3, às 13h. Participe!
A origem do dia 8 de março:
A data foi criada em 1910, por iniciativa da socialista Clara Zetkin, em referência às 129 trabalhadoras assassinadas da fábrica Cotton, nos EUA, em 1857, que lutavam pela redução da jornada de trabalho e melhores salários. A data ganhou ainda mais sentido quando, em 8 de março 1917, as mulheres russas saíram às ruas exigindo “paz, pão e terra” e ajudaram a detonar a revolução socialista no país.
Mulher Metroviária
No ano passado as mulheres eram 20% de nossa categoria. Precisamos de mais mulheres para diminuir essa diferença. Afinal, todos os postos de trabalho no Metrô podem ser ocupados por mulheres.
Estamos trabalhando no limite de nossas forças. É necessário mais contratação de funcionários e funcionárias.
Há denúncias de casos de assédio moral e assédio sexual em nosso local de trabalho. As mulheres tem o direito de ter um ambiente de trabalho saudável e a empresa é responsável por proporcionar isso.
Estamos perto de uma nova Campanha Salarial e nós mulheres estaremos juntas com toda categoria na luta por aumento e equiparação salarial, redução da jornada de trabalho para 36h etc.
As reivindicações das mulheres, não são só de mulheres, são de toda a categoria!
Programação Semana do 8 de Março
– Dia 4/3, às 15h, na estação Sé.
– Dia 5/3, às 10h, no auditório do PAT.
– Dia 6/3, às 10h, PCR – Bloco B.
– Dia 7/3, às 10h e 15h, na sala do Coral de BTO.
– Dia 8/3, às 10h, no auditório do PIT
Chega de sufoco e violência contra as mulheres!
No final do ano passado, o mundo assistiu chocado ao caso de estupro coletivo contra uma jovem indiana de 23 anos, dentro de um ônibus e ela morreu em decorrência desta agressão. No Brasil, quase metade das mulheres já sofreu violência doméstica. Diariamente, milhares de mulheres são assediadas sofrendo violência sexual nos transportes público superlotados.
Essa realidade demonstra que o machismo não acabou, e que segue humilhando, inferiorizando, machucando e assassinando mulheres. Por isso, o Dia 8 de Março, deve ser um dia para colocar em evidência as lutas das mulheres trabalhadoras por direitos iguais e contra à violência.
A presença de uma mulher na presidência do país, infelizmente, não tem sido uma garantia de que as necessidades das mulheres trabalhadoras sejam atendidas. Principalmente no que diz respeito ao orçamento nos programas de combate à violência contra a mulher, para permitir a implementação da Lei Maria da Penha.
Por isso, nós mulheres metroviárias, precisamos acreditar que nossa força e nossa luta pode mudar esta realidade. Vamos nos somar aos atos e atividades que vão ocorrer no dia 8, junto com outras mulheres trabalhadoras, envolvendo também os homens da categoria.
A luta contra o machismo não é uma tarefa apenas das mulheres, mas de toda a classe trabalhadora!
Mulher Negra
Quarenta e nove milhões de mulheres são negras no país. São séculos e séculos de opressões a serviço da exploração burguesa. Machismo e racismo são meios de opressões que promovem a dominação e as desigualdades contra mulheres pobres e negras.
Entre as mulheres pobres, as negras são as mais exploradas e desvalorizadas. São as maiores vítimas da violência doméstica. A elas são reservados, em sua grande maioria, os serviços mais precários e com direitos reduzidos. Exemplo: domésticas, faxineiras, ambulantes, ajudantes de produção, telemarketing entre outras.
A luta das mulheres contra a dominação e opressões burguesa, passa também pela luta contra o racismo!
