Não ao retorno das lactantes! Pandemia escancara machismo estrutural

Mulheres trabalhadoras estão mais submetidas ao desemprego, à perda de direitos, violência e ao descaso com a vida. Convocação das lactantes para retorno ao trabalho é uma atitude irresponsável, invasiva e machista

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) enquadra as mulheres que estão em período de amamentação, as lactantes, como grupo de risco da Covid-19 justamente pela possibilidade de contaminação dos bebês através da amamentação. Com essa compreensão, foi possível garantir o afastamento de todas as mulheres grávidas e lactantes do trabalho. O transporte público é o segundo local com maior risco de contaminação. Portanto, afastar as mulheres na condição de gestantes e lactantes é o mínimo de responsabilidade.

No entanto, agora, a empresa inventou que as mulheres com filhos de mais de 1 ano devem voltar ao trabalho. A direção do Metrô já tomou diversas de atitudes irresponsáveis, mas esta ultrapassa os limites: é invasiva e machista!

A OMS recomenda que o aleitamento materno deve ser feito, pelo menos, até os dois anos de idade. Qual autoridade científica tem a empresa para contestar isso? Quem a mãe metroviária deve ouvir? A recomendação médica ou a pressão da GRH do Metrô? A empresa vai impor que as mães parem de amamentar para retornar ao trabalho? Ou está propondo que elas coloquem seus filhos em risco?

Enquanto houver estado de calamidade pública, é fundamental que o afastamento das lactantes deva continuar. A interrupção da amamentação só pode ser opção das mães e não por imposição da empresa. Apesar de uma ampla flexibilização do isolamento social, os riscos continuam altos. Como são feitas, as flexibilizações são irresponsáveis. O estado de São Paulo já ultrapassou a quantidade de mortos da Espanha e os números de contaminação não param de crescer.

Além do mais, as mães de crianças pequenas não têm com quem deixarem os seus filhos, pois as creches continuam corretamente fechadas e os avós, que são do grupo de risco, não podem ficar com as crianças. Mais uma vez, as mulheres sofrem com o machismo estrutural, que pune as que optam pela maternidade. O Sindicato já formalizou o pedido ao GRH para permanência do afastamento das mães lactantes. Se for necessário, serão tomadas as medidas jurídicas cabíveis.

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