Participe das celebrações do Dia da Consciência Negra
Aula pública sobre a Consciência Negra: 19/11, sexta-feira, às 17h, na estação Sé.
7ª Marcha da Consciência Negra: 20/11, com concentração às 10h no Boulevard da Av. São João.
Negr@s Na Luta do Povo: 20/11, às 13h, na praça Getúlio Vargas, em Guaianazes. (ao lado do Mercadão Municipal). Haverá aulas públicas, samba, hip-hop e poesia.
1º Marcha de Zumbi: 21/11, com concentração às 9h no Jd. Miriam, Av. Cupecê (antiga feira livre).
Dia de consciência, contra a exploração e a desigualdade racial e social
A realidade impõe a negros e negras em geral, salários menores, obstáculos à instrução e submissão a riscos desde o nascimento.
Dia 20 de novembro é a data em que devemos relembrar a necessidade de lutar permanentemente contra todas as formas de opressão e discriminação baseadas em raça, sexualidade ou religião.
Resgatar a luta de Zumbi!
Data para relembrar a determinação de tantos outros líderes negros, como João Cândido (o Almirante Negro), Dandara, Solano Trindade, Santo Dias e outros.
No século XVII, Zumbi resistiu por 14 anos na luta contra a escravidão, enfrentando as tropas portuguesas e suas armas de extermínio. Formou o Quilombo dos Palmares, com 30 mil habitantes, situado onde, hoje, é o estado de Alagoas.
A história do negro e sua luta devem ser resgatadas para que nossa realidade mude. Basta de injustiça! Vamos lutar todos juntos!
Promover mudanças
Os governos devem viabilizar o acesso da população pobre e oprimida à educação de qualidade, eliminando as desigualdades.
No Brasil, a situação do negro e da maior parte da população pobre é a conseqüência desses descasos, desde a escravidão.
Não podemos permitir a continuidade desta exclusão promovida pelos governos burgueses, acentuando o preconceito e justificando a superexploração para manter o poder.
A opressão, submissão e discriminação são sentidas e fortalecidas onde o capitalismo é presente e as condições de vida são mais difíceis. Nos governos de menor representatividade, os conflitos são mais acirrados entre a própria população oprimida.
É o caso do Haiti, ocupado por tropas da ONU, sob o comando do Brasil, cujo interesse é “tomar conta” para manter a exploração nas 18 zonas francas lá instaladas, dando segurança às empresas americanas que exploraram a população com salários miseráveis de US$ 46 mensais.
Não nos enganemos!
Não podemos acreditar ou criar falsas expectativas em líderes como Barak Obama, pois são concebidos e eleitos pelo sistema que oprime e promove as desigualdades. Não é à toa que ele nada tem feito contra o racismo e a política segregacionista, como a ditadura sionista em terras palestinas. Na verdade, ele está a serviço dessas práticas.
A luta pelo fim da discriminação, das desigualdades e da opressão devem ser feitas pelos próprios povos oprimidos da classe trabalhadora.
Vamos todos no dia 20 de novembro participar dos movimentos da Consciência Negra e pelo fim das discriminações e opressões!
Ainda será preciso muita luta pelo fim das discriminações e das desigualdades sociais
Estatuto da (Des)Igualdade Racial
No dia 20 de outubro entrou em vigor a Lei que instaura o Estatuto da Igualdade Racial. O governo, com o apoio de algumas lideranças cooptadas do movimento negro, tentou vender a sua aprovação como uma vitória. Porém, observando atentamente, o Estatuto foi aprovado sem suas propostas fundamentais.
Não garante o fim das discriminações e as punições a quem discrimina, nem assegura a igualdade de condições na ascensão profissional e no acesso a educação de qualidade.
Não se posiciona sobre a proteção da juventude negra, que sofre verdadeiro genocídio pelas polícias militares, em especial no RJ, onde há uma política de faxina étnica e a construção de muros para esconder as favelas. Além disso, não caracteriza o escravismo e o racismo como crimes de lesa-humanidade.
Na realidade, o Estatuto aprovado não passa de uma carta de boas intenções com "sugestões” ao Estado, não garantindo as principais reivindicações contra as discriminações.
Entidade patronal quer apagar a data da Consciência Negra em SP
O Centro das Indústrias do Est. de São Paulo (CIESP) propôs ação na Vara da Fazenda Pública, contra o Município de São Paulo, tentando invalidar a Lei que declarou o dia 20 de novembro como feriado municipal. Obtiveram liminar, contestada pela Procuradoria do município, e replicaram o processo, podendo ser julgado a qualquer momento.
A Educafro (www.educafro.org.br) organiza ação judicial (Amicus Curiae) e convida as entidades sensibilizadas com a causa a se incorporarem ao movimento.