Privatização traz mais prejuízos no Rio de Janeiro e em São Paulo

O MetrôRio falhou ao analisar a aerodinâmica dos novos trens. A trepidação dos comboios em movimento poderia levá-los a colidir com estruturas de concreto. Segundo Ariston dos Santos, diretor do Simerj, os técnicos do MetrôRio não levaram em conta que só há motor no primeiro carro dos trens chineses e não em todos os vagões, como nos modelos que circulam hoje em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Carlos Andresano, promotor do Ministério Público, declarou que já tomou conhecimento dos fatos e vai cobrar explicações do MetrôRio. A Agestransp (Agência Reguladora de Transportes Públicos) também está investigando o caso. Em nota oficial, o órgão afirmou que "está realizando uma verificação criteriosa dessas informações".

O metrô do Rio de Janeiro, que é privatizado, será obrigado a fazer obras em túneis e estações por causa da compra de 19 trens chineses. As adaptações são necessárias para evitar que as novas composições sofram colisões laterais.

Os trens chineses são mais leves dos que os utilizados em São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto as composições em uso são formadas por vagões com tração em todos os eixos, os chineses são “reboques”, com tração no carro líder.

A composição mais leve tem menor aderência e há maior possibilidade de o trem “patinar”. Nas regiões onde o túnel é mais estreito, esses movimentos podem ocasionar colisões laterais.

A solução será aumentar o gabarito dinâmico, que é o tamanho seguro para passagem do comboio. Isso inclui túneis, curvas e plataformas. A concessionária MetrôRio, que administra o metrô carioca, gastou R$ 320 milhões com os 19 novos trens.

Para que gastar tanto com ESSES “novos” trens e ainda ter mais despesas para realizar obras em túneis e estações? Quais são os interesses envolvidos? O transporte público deveria sempre ficar por conta do Estado e não da iniciativa privada, que prioriza apenas seus lucros.

Linha 4-Amarela- Pela quarta vez em três semanas, uma pane fez a Linha 4-Amarela, que também é privada e não estatal, operar com velocidade reduzida em pleno horário de pico. O problema ocorreu na segunda-feira (16 de julho). As portas de um trem na estação República, sentido Luz, não abriram de modo automático, tendo de ser operadas manualmente. O trem foi evacuado na Estação Paulista, recolhido a estacionamento e substituído por outra máquina.

Ocorreram problemas na Linha 4-Amarela também nos dias 13 de julho, 22 e 26 de junho. Essa é a competência privada? Esse é o serviço que as populações carioca e paulista merecem? E ainda querem privatizar “de cabo a rabo” a Linha 6-Laranja. A população merece um transporte público, estatal e de qualidade.

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