12º Congresso: Unidade em defesa dos direitos é reafirmada

Realizado nos dias 1º, 2, 3 e 4 de março, o 12º Congresso dos metroviários aprovou os rumos das lutas do próximo período. A unidade para a realização de uma forte Campanha Salarial foi a principal decisão. Foi deliberada a antecipação da Campanha, com assembleia marcada para o dia 15/3 para discussão da pauta.

Com muito empenho participaram mais de 150 delegados ao longo dos quatro dias de discussões e deliberações da categoria. O Metrô dificultou a liberação da maioria dos delegados. Mas o esforço dos companheiros e companheiras garantiu debates e plenárias com ampla participação.

Os metroviários deram mais uma demonstração de luta e organização no 12º Congresso da categoria. Não aceitaremos a aplicação da reforma trabalhista e demais ataques. Agora é hora de unidade em defesa do Acordo Coletivo, dos direitos e conquistas.

Veja algumas decisões do 12º Congresso

Além da antecipação da Campanha Salarial, o Congresso aprovou resoluções sobre os demais temas que pautaram as teses para essa edição. Confira.

CONJUNTURA

Sobre a situação conjuntural brasileira, definiu-se que o País passa por um golpe institucional desde 2016, com o impeachment que destituiu a presidenta Dilma Rousseff. A crise mundial do capitalismo é responsável pelo acirramento dos ataques. Manifestou-se solidariedade aos países latino-americanos que se contrapõem à hegemonia imperialista como Cuba, Venezuela e Bolívia.

SAÍDAS PARA A CRISE E ELEIÇÕES

Foi aprovada a participação nas lutas populares junto aos movimentos sociais, partidos identificados com os interesses dos trabalhadores e na construção da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. Também foi manifestado o direito do povo votar em quem quiser, contra os ataques às liberdades democráticas representados na tentativa de impedir a candidatura de Lula.

GOVERNOS DO PT

Foi feito balanço dos governos federais de Lula e Dilma. Foi aprovada resolução que os aponta como governos de conciliação de classes que favoreceram os capitalistas e banqueiros, sem resolver os problemas dos trabalhadores. Confirmada na própria afirmação de Lula, que disse: “nunca os banqueiros ganharam tanto como no meu governo”.

CENTRAIS SINDICAIS

A luta unificada do movimento sindical foi responsável pela realização da maior greve geral da história do País em 28/4/2017 e a Marcha a Brasília, balançando o governo Temer e barrando a reforma da Previdência. As Centrais pelegas, como Força Sindical e UGT, optaram pela negociação com o governo Temer, enquanto a CUT e CTB recuaram nas lutas apostando nas eleições de 2018.

O Congresso também rejeitou a proposta de plebiscito para filiação à central CSP-Conlutas, mantendo o Sindicato independente.

CONSELHO DE BASE CONSULTIVO

Aprovou-se a manutenção das regras e formato do Conselho de Base Consultivo frente à proposta de criação de conselho deliberativo.

DIRIGENTES E MOVIMENTO SOCIAL

Foi rejeitada a proposta de criminalizar os dirigentes sindicais por associação aos movimentos sociais, responsabilizando-os civil e criminalmente.

ELEIÇÃO DO SINDICATO

Foi aprovada a manutenção do formato de proporcionalidade nas eleições do Sindicato. O modelo de gestão e demais regras serão definidos em assembleia eleitoral.

DEMITIDOS

Quinze dias após o fechamento da Campanha Salarial será realizada assembleia, com prestação de contas, e avaliação de todas as propostas relativas aos demitidos de 2007 e 2014.

CONTRA A INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO

O Congresso se posicionou contra a intervenção federal no RJ, promovida pelo governo Temer. A intervenção não é a solução para os problemas de criminalidade no RJ. O Estado precisa investir mais em moradia, saúde, educação e transporte.