13 de Maio: muito por fazer, pouco a comemorar
Apesar da data em alusão à assinatura da Lei Áurea, em 13 de Maio de 1888, os negros e negras subjugados mantém-se na base da exploração da pirâmide social.
O STF (Supremo Tribunal Federal) recentemente institucionalizou a política de cotas nas universidades, por não ter como negar o histórico de sofrimentos impostos aos cidadãos da raça negra.
Os desafios perpetuamse, exigindo muita luta pela sobrevivência digna de todos os trabalhadores, notadamente essa parte da população mais oprimida.
A abolição da exploração no mundo do trabalho passa pela efetiva igualdade de direitos e pelo fi m das opressões.
A sociedade mantém mais prejudicados os não brancos devido ao sistema que se sustenta por meio da opressão, da discriminação, pregando uma falsa liberdade e igualdade mas se sustentando por meio do lucro e da exploração burguesa.
Desde a formação do nosso país, a parte da população mais marginalizada e pauperizada continua sendo a população pobre e negra. O sistema econômico lhe reserva as piores condições para obter formação escolar impondo-lhes os mais baixos salários, mantendo o círculo vicioso que deixa esse extrato social nas piores condições de moradia, educação, assistência à saúde, de transporte, por serem empurrados para a periferia. São as potenciais vítimas da violência, comprovado pelas
estatísticas de duas mortes violentas em cada três.
No Metrô, principalmente em cargos de chefia como nos bancos das universidades ou em qualquer instância de organização da sociedade, apesar da população declaradamente negra ser um terço do total e considerando as não caucasianas serem mais da metade, aos negros não é possibilitada uma relativa representação.
No Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro já é reservado um terço das vagas em concursos públicos a afrodescendentes, para tentar corrigir a histórica distorção. A Lei 14.274 deveria ser ampliada e aplicada em todos os Estados da federação para minimizar essa distorção.
Nesse 13 de Maio, não podemos nos restringir a lembrar de rodas de samba, rap, carnaval e capoeira. Persiste uma dura luta em curso imposta aos trabalhadores negros e negras, apesar da falaciosa propalada igualdade.