CONSCIÊNCIA NEGRA: Por um Brasil sem racismo e em defesa dos direitos democráticos!
O racismo persiste no Brasil e, no governo Bolsonaro, foi incentivado. Neste ano, os movimentos ligam a luta antirracista à necessidade por mais direitos
Neste Mês da Consciência Negra precisamos refletir sobre a imensa desigualdade que assola o país. É necessário combater a discriminação racial no nosso cotidiano para que seja possível a construção de uma nova sociedade em que a herança escravocrata seja de vez abolida.
O Brasil permance como um país racista. Os dados do estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, divulgados pelo IBGE, são relativos a 2021. Mostram que os pretos (9,1%) e pardos (47%) são maioria da população brasileira, mas os indicadores que refletem melhores condições de vida são favoráveis aos brancos.
As taxas de desocupação, por exemplo, foram de 11,3% para os brancos, de 16,5% para os pretos e de 16,2% para os pardos. Se comparados ao ano anterior, quando os percentuais foram de 11,1%, 17,4% e 15,5%, respectivamente, constata-se que pretos e pardos seguem pelo segundo ano consecutivo em desvantagem.
O estudo mostra que a informalidade também atinge mais pretos e pardos do que brancos. Com relação aos salários, a desigualdade também permanece. Enquanto os brancos ganhavam R$ 19 por hora, os pretos recebiam R$ 10,9 e os pardos R$ 11,3.
Essa realidade precisa mudar. A derrota do projeto bolsonarista é celebrada pelos movimentos antirracistas e todos que lutam contra os preconceitos. Bolsonaro é inimigo declarado das lutas contra o racismo. O caminho ainda é longo para atingir o fim dessa opressão, assim como o fim do machismo, da LGBTQIAfobia e da violência policial.
Precisamos organizar a categoria, assim como nos unificar com os demais movimentos da classe trabalhadora, ir às ruas e exigir políticas de reparação contra todo racismo até hoje sofrido, reflexo da herança escravocrata e colonizadora.
Manifestações
Por isso, vamos às ruas no dia 20/11, lembrar Zumbi e Dandara, que deram sua vida pelo fim da escravidão e também lutar por uma sociedade livre de preconceitos. Os que produzem a riqueza deste país, a classe trabalhadora, em sua maioria, negra e periférica, merecem uma sociedade mais justa!
19º MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
DOMINGO, 20/11, 10h, no MASP
Essa luta é de todas e de todos!