25 de Novembro: Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher!
O dia 25 de Novembro é o dia latino-americano e caribenho de luta contra a violência à mulher. Foi instituído há 30 anos, em homenagem às irmãs Miralba, que foram assassinadas em 1960 pelo governo ditatorial da República Dominicana.
No Brasil, dez mulheres são mortas por dia em decorrência da violência machista e, a cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas. São expressões físicas da violência. Mas a violência contra a mulher também se manifesta por meio de xingamentos, agressões verbais, humilhações, ameaças, que torturam milhares de mulheres em nosso País.
A violência contra as mulheres demonstra uma desigualdade de poder na sociedade e, na maioria das vezes, é justificada por argumentos relacionados ao padrão de comportamento exigido sobre as mulheres. Quando um homem agride fisicamente uma mulher, é comum dizer que ela mereceu, que não fez a comida direito, não passou a roupa…
O instrumento mais forte utilizado para que nós, mulheres e homens, não percebamos essa violência é a banalização. É considerando normal que as mulheres devam se calar.
Existe também a violência sexual. A cada doze segundos, uma mulher é estuprada. Muitas vezes, a culpa é atribuída às mulheres, por usarem uma determinada roupa, por exemplo. Esses dados são revelados pelas denúncias das poucas mulheres que superam a vergonha e o constrangimento. A quantidade de casos de violência é muito maior.
O local em que as mulheres mais sofrem violência é dentro de casa. A dependência econômica e a preocupação com o cuidado dos filhos são os principais motivos para as mulheres não denunciarem e seguirem submetidas a essa situação.
A ausência de políticas públicas para assegurar melhores condições de vida para as trabalhadoras; a criminalização do aborto, a inexistência de garantias à maternidade; a dificuldade de acesso a preservativos e anticoncepcionais nos postos de saúde; a criminalização das que lutam; a falta de creches; o trabalho doméstico não pago e o trabalho fora de casa revelam a violência promovida pelo sistema capitalista patriarcal, que se apropria das desigualdades para aumentar a exploração, principalmente das mulheres negras e pobres.
Saiba mais: acesse aqui a CARTA ABERTA distribuída à população.
Veja aqui as fotos do ato e distribuição da Carta Aberta à população.