A importância da conscientização e do trabalho de base – Tese sobre Movimento Sindical
MOVIMENTO SINDICAL
A importância da conscientização e do trabalho de base
É muito comum os trabalhadores dizerem o “sindicato” precisa denunciar essa situação ou o “sindicato” deve vir aqui etc.. O sindicato é o presidente, é o diretor ou a diretoria do sindicato existe uma situação no movimento sindical brasileiro onde 10 ou 20 diretores da categoria representam 5 mil ou 10 mil trabalhadores, isso ocorre porque o que vigora é a concepção e estrutura sindical Getulista. Mas nem sempre foi assim e é possível mudar.
A classe trabalhadora para lutar por suas reivindicações e direitos sofreu e sofre perseguições, retaliações, mas foi enfrentando essas situações que tivemos conquistas importantes como a jornada máxima de 8 horas, às 6 horas corridas para várias atividades, o 13% salário etc…
E hoje o capitalismo em mais uma crise econômica ameaça retirar nossas conquistas de anos e anos de luta, para salvar bancos e empresas. Os trabalhadores no Brasil se organizam majoritariamente nos sindicatos, mas essa forma apesar de ter um grande avanço tem muitos limites porque na maioria dos casos não possuem uma organização de base, ou a base pouco decide.
Não está e não será fácil superar todos os problemas que estão sendo colocados para os trabalhadores e suas organizações, mas enfrentar esses problemas está na ordem do dia. Quem se omitir ou imaginar que essa onda é passageira sucumbirá primeiro. O capital e o mercado abriram suas baterias contra os trabalhadores e o movimento sindical. Urge defender-se e preparar a contraofensiva!
Em curto prazo, as saídas são: atuar no Congresso, sob forte unidade, para minorar os danos que serão causados pelos ataques desferidos pelas contrarreformas trabalhista e previdenciária do governo. E construir grandes movimentos capazes de chamar a atenção dos trabalhadores e do povo, da sociedade, para o que está em curso. Como o movimento do dia 15 de março.
Em médio prazo, resgatar, com força, o trabalho de base. Esse trabalho tem de ser permanente, diuturno, com os dirigentes levando informação de qualidade para os trabalhadores, de modo que não sucumbam com a propaganda enganosa dos patrões e dos governos. Não há alternativa ou não temos alternativas, senão trabalhar para recuperar o tempo perdido.
Assina: Gleice Nazaré – OPS