Falhas na Linha 5 evidenciam descaso com usuários e trabalhadores
O consórcio privado Via Mobilidade, que assumiu a L5 no dia 4 de agosto, registra maior número de incidentes desde que passou a operar a linha e põe em risco funcionários e passageiros no transporte. Os trabalhadores têm salários e benefícios menores, jornadas de trabalho mais extensas, não recebem treinamentos adequados e sofrem mais assédio. O resultado imediato é visto com a ocorrência de falhas constantes na linha.
No mesmo dia (4/8) em que a Via Mobilidade passou a administrar a Linha 5–Lilás, uma pane no sistema causou transtornos a usuários e funcionários, ocasionando lentidão, maior tempo de intervalo entre trens e estações lotadas.
Dois dias depois, em 6/8, a L5 ficou paralisada e trens foram esvaziados após falha de sinalização indevida no sistema de portas. Na manhã de 9/8 novamente as plataformas ficaram lotadas e trens circularam com velocidade reduzida.
Estas ocorrências comprovam que a privatização é responsável pelas más condições do transporte público, onde faltam investimentos e aumentam a precarização e exploração do trabalho. Em 50 anos, o metrô público e estatal desenvolve tecnologia e oferece qualificação aos trabalhadores.
A iniciativa privada não tem compromisso com atendimento diário de transporte da população pois visa o aumento de lucros e ganhos. Por isso os trabalhadores são mais explorados e sofrem com piores condições de trabalho.
Linha 4: mais panes e riscos
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, obtidas pela Lei de Acesso à Informação, a Linha 4–Amarela registra maior número de problemas proporcionalmente se comparada ao metrô público. Somente neste ano foram registrados 16 incidentes na linha L4 e 44 em todo o restante do metrô (os dados incluem a L5).
O cálculo considerou as 67 estações do metrô enquanto na linha administrada pela ViaQuatro são apenas 9. Além disso, a operação do metrô público teve início em 1974 e a L4 começou operar em 2010.
Valorização dos trabalhadores
A consequência da privatização para os trabalhadores são baixos salários e direitos reduzidos, jornadas maiores, faltam treinamentos, mais assédios são praticados pela chefia e é menor o número de funcionários para tratar ocorrências.
O Sindicato participou de reunião na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) para denunciar as práticas
abusivas e ilegais do consórcio privado, como desvio e acúmulo de funções (multiplicidade) e que também mantém a imposição de conceder cestas básicas para os funcionários sindicalizados no Sindecrep. Decisões judiciais determinaram que o Sindicato dos Metroviários de SP é o representante oficial de todos os metroviários.
O Sindicato defende todos os metroviários, seja da empresa pública como os da iniciativa privada. Por isso é muito importante a sindicalização de todos pela defesa dos direitos e melhores condições de trabalho.
Juntos somos mais forte! Sindicalize-se!
Você pode se sindicalizar pelo site: https://sindicalizacao.metroviarios-sp.org.br/ ou pelo aplicativo para smartphones (baixe através das lojas virtuais ou pelo link: http://aplicativo.metroviarios-sp.org.br.