Ditadura não se comemora, se repudia
O presidente da República determinou ao Ministério da Defesa que faça “as comemorações devidas” sobre os 55 anos do golpe militar, em 31 de março. Ele quer que o país comemore uma ditadura sangrenta que durou mais de 21 anos. Uma ditadura que fechou o Congresso Nacional, interveio em sindicatos, prendeu, torturou e matou milhares de pessoas, inclusive crianças.
Bolsonaro quer utilizar a estrutura pública para defender e comemorar graves crimes de violação aos direitos humanos. Essa iniciativa merece nosso total repúdio.
Lembramos que o Sindicato dos Metroviários teve sua diretoria cassada e ficou sob intervenção militar de julho a dezembro de 1983. Não queremos o retorno da ditadura, não queremos tortura!
Agora, Bolsonaro procura intervir nos sindicatos de forma diferente. No dia 1º/3 entrou em vigor a MP 873, que proíbe o recolhimento de contribuições e mensalidades com desconto na folha de pagamento, obrigando os sindicatos a emitir boletos bancários e enviá-los para as casas dos trabalhadores. A autorização para emissão do boleto precisa ser feita por escrito e de forma individual.
É uma afronta ao princípio constitucional da liberdade sindical. Bolsonaro quer calar os sindicatos, que se opõem à reforma da Previdência. Nesse sentido, chamamos todos os metroviários a defender seu Sindicato e a repudiar todos esses ataques autoritários de quem tem saudades da ditadura.
Ditadura, não! Tortura, não!