Coronavírus: Governos são irresponsáveis com a vida do povo
A epidemia do coronavírus se tornou uma crise real em nosso país e no mundo. Em todo o país, até o momento do fechamento desse Bilhete, são 290 casos confirmados e 2.064 suspeitos. A curva de ascendência da contaminação já demonstra um pico de contaminação concomitante acima da Itália, que tem registrado uma situação dramática
(ver gráfico)
No vigésimo dia de presença de infectados no Brasil, a atitude de Bolsonaro, Doria e Covas tem se demonstrado absolutamente irresponsável. A começar pelo presidente, que participou de uma manifestação que defendia a ditadura militar, no dia 15/3, mesmo estando em quarentena e contrariando todas as orientações do Ministério da Saúde e de especialistas. Essa atitude é irresponsável porque a circulação sob suspeita do vírus contribui para a contaminação comunitária.
Junto ao governo federal, o governo do estado de São Paulo, de João Doria, também tem uma atitude absurda, de não realizar testes de contaminação do coronavírus. Diante disso, é possível supor que há uma grande quantidade de subnotificações.
O que está por trás de toda essa irresponsabilidade é a falta de investimento nos serviços públicos de saúde e o sucateamento do SUS. O Brasil teria melhores condições de enfrentar essa crise com a existência de um sistema como o SUS, não fosse toda a política histórica de sucateamento e destruição desta conquista.
A experiência da epidemia nos outros países demonstrou que o transporte público é forte vetor de contaminação. Acreditamos que diante deste estado de calamidade pública, os trabalhadores do transporte, assim como da saúde, têm um papel comunitário a cumprir, para deslocamento a hospitais, serviços essenciais. Mas é fundamental que haja uma redução do fluxo de passageiros. O metrô de São Paulo é um dos mais lotados do mundo. Não é possível enfrentar a crise do coronavírus sem ter uma atitude consciente de redução do fluxo.