Assembleia reitera decisão contra repressão na USP
No dia 29 de novembro foram realizadas duas assembleias orçamentárias, que aprovaram a prestação de contas referente ao período de outubro a dezembro de 2010 e a previsão orçamentária para 2012, respectivamente. Na sequência, foi reaberta a discussão sobre o apoio dos metroviários para a libertação dos estudantes da USP. Foi aprovada novamente a posição assumida pela assembleia do dia 9 de novembro, que apoiou a participação de nosso Sindicato em um rateio para a libertação de estudantes da USP que estavam presos.
As assembleias proporcionaram debates importantes para os metroviários. Tanto na aprovação da previsão orçamentária quanto na discussão sobre a USP veio à tona a polêmica de se ajudar ou não outras categorias. Alguns companheiros defenderam que a categoria deve apenas se preocupar com os seus próprios interesses, não colaborando com outros sindicatos ou entidades.
Além de defender o apoio a outras categorias, muitos companheiros lembraram que nós também já recebemos doações de outros sindicatos. Eles lembraram dos acontecimentos de 2007, quando vários metroviários foram demitidos e algumas entidades sindicais ajudaram a pagar os salários desses trabalhadores.
Outra polêmica discutida nas assembleias foi a questão da legalidade, de se respeitar ou não o Estado de Direito. No Bilhete nº 430, de 20 de novembro, foi dado espaço a dois companheiros que defenderam posição contrária à da aprovada no dia 9 de novembro, argumentando que os estudantes da USP não poderiam ter descumprido ordem judicial, afrontando o Estado de Direito ao não desocupar a reitoria da USP.
A posição majoritária na votação realizada foi a de renovar o apoio à libertação dos estudantes. Vários companheiros lembraram que nas lutas dos trabalhadores e do povo contra a exploração e opressão muitas vezes é necessário afrontar as leis vigentes que em geral defendem a dominação dos poderosos. Como é o caso das nossas greves no Metrô, que são consideradas abusivas por ser serviço essencial ou as lutas que aconteceram contra a Ditadura Militar, pois as leis da época proibiam todas as manifestações e greves. Nesse sentido, elas afrontam o chamado Estado de Direito.