São Paulo está doente. Um remédio? Mais metrô!
“A cidade de São Paulo está doente”. A frase é de Paulo Saldiva, médico, professor titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em poluição atmosférica. E, para ele, um dos motivos da doença é o uso abusivo do automóvel. Para “sarar” a cidade, um dos remédios indicados por Saldiva é o metrô. O professor defende a redução das áreas destinadas aos automóveis e o aumento do espaço reservado à circulação do transporte público coletivo.
Segundo cálculos de Saldiva, se houvesse uma readequação do transporte público, com a expansão do sistema metroviário que atendesse a demanda, o Estado economizaria 100 milhões de dólares ao ano com a saúde pública. Isso somente com internação, sem contar gastos com medicação, faltas ao trabalho, entre outras despesas.
Nesse trecho da entrevista concedida ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o professor também afirma que quatro setores da sociedade devem ficar sob controle do Estado: transporte, educação (primeiro e segundo graus), saúde e segurança. “O mercado não resolve”, declara Saldiva, que, além de professor da USP, é coordenador do Inaira (Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental).
Veja aqui um trecho da entrevista com Paulo Saldiva.