Pela PR 100%: metroviários podem PARAR no dia 29
Em assembleia realizada quinta-feira, dia 23, na sede do Sindicato, os metroviários marcaram uma greve para o próximo dia 29 (quarta-feira). Antes disso, no dia 28, será realizada uma nova assembleia.
Os metroviários continuam insatisfeitos com qualquer redução da Participação nos Resultados. O Sindicato e a categoria nunca aceitaram a imposição de metas como a pesquisa com usuários para a definição do valor da PR. O Metrô está cometendo uma grande injustiça, já que a insatisfação do usuário é provocada pelo baixo investimento na expansão do sistema e a falta de funcionários e equipamentos.
A proposta anterior era reduzir a PR em 7,21%. Com a mobilização da categoria, o Metrô apresentou uma nova proposta em que não há essa redução no valor mínimo. Mantém o valor original de R$ 3.900 e não de R$ 3.618,81, como na sua proposta anterior.
Para aquela faixa em que o cálculo da PR com o redutor for maior que R$ 3.900, continua valendo a fórmula de R$ 3.062,21 + 40% do salário base e depois multiplicado por 92,79%. A assembleia rejeitou, considerando insuficiente esta proposta.
Foi aprovada pela categoria uma contraproposta na qual a parte fixa (R$ 3.062) não deve ter redução, mantendo o valor mínimo em R$ 3.900. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 28, com greve marcada para o dia 29, caso não ocorra avanço nas negociações.
A mobilização continua. Use o adesivo!
Faça as suas contas:
Última proposta do Metrô:
(40% do salário base + R$ 3.062,21) x 0,9279 – o redutor é aplicado sobre o valor total
Ou
R$ 3.900,00 (valor mínimo sem redução)
Na proposta anterior o valor mínimo ficaria em R$ 3.618,81
Proposta da categoria aprovada na assembleia para sair do impasse:
R$ 3.900,00 (valor mínimo) ou R$ 3.062,21 + (40% do salário nominal x 0,9279) – O redutor é aplicado somente sobre a parte variável
Todos na assembleia do dia 28!
A participação dos metroviários garantirá a vitória.
Saiba mais:
O motivo da possível paralisação dos metroviários é a proposta de redução do pagamento da Participação nos Resultados (PR). O cálculo para o pagamento integral da PR segue a seguinte formulação: R$ 3.062,21 (parcela fixa) + 40% do salário nominal de cada trabalhador.
Inicialmente, o Metrô propôs um corte de 7,21% na PR. Antes da assembleia, no final da tarde, a empresa enviou nova proposta ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
A empresa propôs o pagamento do valor mínimo de R$ 3.900. Ainda segundo a proposta, para os trabalhadores que recebem mais que o mínimo continuaria sendo usado o redutor de 0,9279, calculado sobre o valor total da PR.
A proposta patronal foi considerada insuficiente e rejeitada. Foi aprovada pela assembleia uma contraproposta na qual a parte fixa da PR (R$ 3.062,21) não deve ter redução, mantendo o valor mínimo de R$ 3.900 para a PR. Segundo a contraproposta, o redutor deve ser aplicado somente sobre a parte variável.
O motivo alegado pela empresa para cortar a PR é o resultado de uma pesquisa de satisfação junto aos usuários do Metrô. Nela, houve uma queda de 84% para 74% dos usuários que consideram o serviço excelente ou bom.
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, a insatisfação diz respeito à superlotação dos trens, aumentos das tarifas e número reduzido de linhas. “Os responsáveis pelo descontentamento dos usuários são o governo estadual e a direção da Metrô, que não investem na expansão do sistema metroferroviário”, declara o presidente.