Alckmin não comparece à audiência do MTE
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não compareceu à audiência convocada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizada no dia 11 de setembro. Na reunião, o Metrô voltou a dar mostras de total insensibilidade e reafirmou que não irá reintegrar os trabalhadores demitidos em 2007, contrariando decisão da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Durante a audiência, Edson Braz Silva, subprocurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e mediador da questão, argumentou que os representantes da empresa não querem dialogar e deu por encerrada a negociação, transferindo o caso para a Conalis (Coordenação Nacional de Promoção da Liberdade Sindical).
O subprocurador enfatizou que, durante a negociação, foi inclusive proposto pelo MPT que o Metrô, em vez de reintegrar com indenização, poderia proceder a readmissão dos trabalhadores sem pagamento de salários atrasados, férias e 13º atrasados, com apenas o recolhimento do INSS e depósitos do FGTS, em garantia de emprego pelo mesmo tempo de afastamento.
A partir daí, a relação contratual trabalhista seguiria seu curso normal. Braz Silva lamentou que a empresa não aceitou a proposta, não havendo sucesso a negociação.
Ricardo J. M. B. Pereira, coordenador da Conalis, estava presente na audiência e irá instaurar os procedimentos cabíveis para dar continuidade às negociações.
O Sindicato e a Fenametro darão continuidade à sua luta pela readmissão dos companheiros demitidos em 2007. Para isso, não medirá esforços. Mas é importante ressaltar dois pontos.
Em primeiro lugar, lembrar que o governador tucano não compareceu à audiência, mostrando que realmente não se importa com os trabalhadores. Em segundo lugar, ficou clara a truculência do Metrô e do governo estadual. Eles não aceitam qualquer tipo de negociação, inclusive as propostas dos mediadores, que buscaram de todas as formas o diálogo. Além disso, ignoram completamente a decisão da OIT.