Nota do Sindicato: Dois casos de racismo em SP provocam protestos
Em São Paulo, dois casos de racismo aconteceram em menos de 24 horas e provocaram indignação e protestos. Uma funcionária do Consulado Húngaro insultou uma mulher negra em um vagão do metrô e o vereador do PSB Camilo Cristófaro foi acusado de racismo.
Na segunda-feira (2/5), no final da tarde, uma mulher negra registrou ocorrência contra uma outra, branca, relatando ter sofrido injúria racial por causa de seu cabelo crespo na estação Ana Rosa do metrô. O caso virou protesto de outros usuários do metrô, que gritaram contra a agressora, impediram sua saída e realizaram protesto na estação.
A mulher branca é Agnes Vajda, húngara que mora no Brasil há cinco anos e trabalha no Consulado da Hungria, em São Paulo. A mulher agredida é Welica Ribeiro, que ouviu de Agnes as seguintes palavras: “Moça, você podia dar licença, tirar seu cabelo, que você pode passar alguma doença para mim”.
O outro caso de racismo ocorreu quando o vereador Camilo Cristófaro (PSB) participava por videoconferência de uma sessão da Câmara Municipal de São Paulo. Outro parlamentar estava com a palavra mas o microfone de Cristófaro estava aberto quando ele fez o seguinte comentário: “Lavar a calçada é coisa de preto, né?”.
A imagem de Camilo Cristófaro não aparecia na tela, mas o comentário gerou confusão e a sessão foi interrompida. A vereadora Luana Alves (PSOL) pediu a transcrição do áudio para usar como prova em uma ação contra Cristófaro na Corregedoria da Câmara.
Toda e qualquer ação racista merece ser repudiada e combatida. O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de SP, reforçando sua prática antirracista, participará de todos os atos de denúncia e luta contra o racismo.