28 de abril: Pelo fim dos acidentes graves e fatais no trabalho!

Os números são alarmantes. Estatísticas do Ministério da Previdência demonstram que em 2011 (ainda não foram apurados os dados dos anos seguintes) foram registrados 711 mil casos de acidentes de trabalho, com 2.844 mortes de trabalhadores; 14.811 sofreram incapacidade permanente.

Esta situação só persiste porque as empresas não cumprem as leis de proteção da integridade física dos trabalhadores em seus locais de trabalho e a fiscalização do governo é falha.

Uma prova disso foi a morte da metroviária Elisângela Gomes Lima. Condutora do metrô do Rio de Janeiro, ela foi atropelada por uma composição do sistema, no dia 3 de abril. A concessionária MetrôRio é responsável direta pelo falecimento de uma trabalhadora de 37 anos, mãe de duas filhas.


Mortes nas obras da Copa

As oito mortes nas obras da Copa são mais uma demonstração de que, para os patrões, os lucros estão acima de tudo, inclusive da saúde e da vida do trabalhador. No dia 29/3, o operário Fabio Hamilton da Cruz (23 anos) morreu em um acidente de trabalho nas obras do Itaquerão. Foi a terceira morte no estádio em construção.

Aos três operários mortos na Zona Leste somam-se mais cinco. A pressa para terminar as obras das arenas faz com que os operários sejam submetidos a jornadas extensas. Os trabalhadores do Itaquerão cumprem até 18 horas de trabalho por dia.

Para garantir os lucros das empreiteiras e cumprir o cronograma estabelecido pela Fifa, tudo com a conivência dos governantes, a vida do trabalhador não é prioridade.