METROVIÁRIOS ADIAM A GREVE PARA O DIA 2/6

metroviários_adiam_greve1Em assembleia ocorrida na noite de 26 de maio, os trabalhadores metroviários indicaram greve para o próximo dia 2/6. Haverá uma nova assembleia no dia 1º de junho.

Os trabalhadores decidiram adiar a proposta de greve da categoria, que começaria às 0h do dia 27/5. Com isso, a categoria esperar negociar com a empresa e o governo estadual para que atendam às demandas dos trabalhadores.

Ainda no dia 1º haverá uma audiência de conciliação com a empresa no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

 

 

Fique por dentro da Campanha Salarial

Primeiro de Maio é a data-base dos metroviários,  período do ano em que Sindicato e a Cia do Metropolitano (Metrô) se reúnem para repactuar os termos do contrato coletivo de trabalho. Neste período, os trabalhadores entregam uma Pauta de Reivindicações que é discutida com a empresa.

Na assembleia do dia 8/4 os metroviários aprovaram a Pauta de Reivindicações e em 14/4, foi eleita a Comissão de Negociação para a Campanha Salarial 2015.

Foram quatro rodadas de negociações entre os trabalhadores e a empresa. Neste ano o Metrô dificultou a participação da Comissão de Negociação nas reuniões. A empresa restringiu o número de pessoas nas reuniões e foi intransigente quanto à necessidade de mais rodadas para negociação.

Nas negociações os trabalhadores repudiaram a tentativa da empresa de infiltrar observadores em assembleias da categoria e de tentar impor um Plano de Contingência nos períodos de paralisações dos metroviários. Foram discutidas as questões de saúde dos aposentados, da previdência, a importância na valorização da aposentadoria, os repasses da empresa para o Metrus, Periculosidade para os OTM-1, a situação dos Part-Time, a PR igualitária, o VA de Natal, a redução de jornada, o Plano de Carreira e os índices econômicos que estão abaixo da inflação. Os companheiros apontaram ainda um aumento do ritmo de trabalho e a necessidade de contratação, dado o crescimento do número de usuários. A empresa recusou todas as reivindicações dos trabalhadores argumentando a falta de recursos financeiros, no entanto o Metrô tem lucrado como aponta o balanço do último período, fazendo doação de 256 milhões de reais ao governo estadual, cobriu o prejuízo de 332 milhões causado pela L4-Amarela e, ainda assim, apresenta lucro de cerca de 118 milhões de reais.

 

TRT sugere 8,82% e renovação do Acordo Coletivo; Metrô recusa
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em Audiência de Conciliação realizada na tarde de 25/5 (segunda), sugeriu ao Metrô que pague 8,82% de reajuste (7,21% + 1,5% de aumento real). Indicou também a manutenção de todas as cláusulas constantes do Acordo Coletivo da categoria. A empresa se negou a renovar o Acordo e que disse que irá avaliar a possibilidade de aumentar sua proposta de reajuste.
A proposta do Metrô

A empresa deixou, mais uma vez, clara a sua iniciativa de retirar direitos, como a cota extra do VA. Também reiterou seu objetivo de não discutir a PR durante a Campanha Salarial e adiar o pagamento para março. A proposta inicial de reajuste do Metrô é de 7,21%.
Nossas principais reivindicações:

Reajuste salarial de 8,24% (ainda será atualizado com a inflação de abril)
Aumento real de 9,49%
Reajuste do vale-refeição (VR) em 10,08% e vale-alimentação (VA) de R$ 290 para R$ 422,84
Reintegração, já!
Equiparação Salarial / Periculosidade / Plano de Carreira
Contratação de funcionários e jornada de trabalho de 36 horas para todos
Metrus Saúde (MSI) para aposentados/PR igualitária
Fim da privatização e da terceirização (Não ao PL 4.330!)
A assembleia de 5/5, votou um calendário de atividades e uma nova assembleia no dia 14/5.