Debate: A cooperação das empresas com a ditadura civil- militar
No próximo dia 13 de novembro, às 18h15, ocorrerá um debate no Sindicato dos Químicos de São Paulo sobre a atuação de empresas nas operações que ocorriam durante a ditadura civil-militar entre 1964-1985. Muitas delas participaram ativamente das ações planejadas junto às forças armadas que estavam no poder.
Recentemente a Volkswagen anunciou ao Ministério Público Federal (MPF) que deseja negociar judicialmente uma reparação por colaboração ao regime por ter financiado ou participado da repressão.
Isso acontece após a apuração feita pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) que gerou um relatório utilizado como base para o prosseguimento das investigações pelo Fórum de Trabalhadores por Verdade, Justiça e Reparação entregue ao MPF, que contou com a participação de trabalhadores, ativistas e militantes.
Repressão do Metrô: um legado presente
Assim como o relatório feito pela CNV apontou diversas violações de direitos humanos, colaboração com a repressão e benefícios por parte de empresas privadas, o documento do Fórum de Trabalhadores também mostrou a participação de empresas públicas, como é o caso do Metrô de São Paulo.
Importante destacar que os mecanismos utilizados no período da ditadura passaram por transformações, especialmente após a reabertura democrática feita por cima, mas permanecem na formação atual de Estado. Assim como sujeitos que jamais foram abalados pelos crimes que cometeram, a operação interna de instituições também não passaram por profundas reformas.
Um exemplo é como o Estado reprime as lutas dos trabalhadores atualmente. Em 2014, os metroviários foram duramente atacados pela Tropa de Choque da PM quando se manifestavam pacificamente na estação Ana Rosa do metrô, durante a greve que a categoria realizava.
Participe do debate A cooperação das empresas com a ditadura civil-militar, no Sindicato dos Químicos de São Paulo
Onde: Rua Tamandaré, 348, Liberdade.
Quando: 13/11 (sexta-feira), às 18h15