Entulho do governo tucano
O Brasil chegou muito perto de conseguir eliminar mais um entulho herdado pelo governo neoliberal de FHC. Mas, infelizmente, o presidente Lula desperdiçou a grande chance que lhe foi dada. Ao invés de atender ao clamor das centrais sindicais e de outras forças progressistas da sociedade, ele preferiu ouvir parte de sua equipe econômica e vetou as medidas que extinguiriam o fator previdenciário.
Embora o país esteja em um de seus melhores momentos, no que diz respeito à economia e geração de empregos, os brasileiros continuarão em situação de desvantagem na hora de se aposentar, porque o cálculo imposto pelo fator previdenciário obriga-os a trabalhar e a contribuir por mais tempo para a Previdência Social, em troca do direito à aposentadoria.
Lula agiu corretamente ao avalizar o reajuste de 7,7% para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, mas penalizou todos os trabalhadores da ativa ao manter o fator previdenciário.
Junto com a CTB, o Sindicato participou da campanha pelo fim do fator previdenciário, e não é porque tivemos nossa reivindicação recusada agora, que desistiremos do nosso objetivo.
Da mesma forma, não haverá concordância com qualquer tipo de proposta que reduza os direitos dos brasileiros, como o fator 85/95, que tenta amenizar as perdas impostas pelo fator previdenciário, mas continua privando os trabalhadores de seu direito.
O argumento de que a Previdência é deficitária não cola para as forças progressistas que reivindicam uma aposentadoria digna, porque há informações confiáveis que asseguram a estabilidade da Seguridade Social e que dão sustentação à continuidade da campanha iniciada no governo FHC, pelos partidos e entidades contrários às políticas neoliberais, contra o fator previdenciário.
O reconhecimento da conquista dos 7,7% aos aposentados é necessário, principalmente para comprovar que a luta com unidade, organização e mobilização é necessária e vale a pena! Não fosse ela, nem os 7,7% entrariam para a história brasileira.
Precisamos manter e intensificar essa disposição para conquistar o fim do fator previdenciário. Como afirmou o presidente do Sindicato e da CTB Nacional, Wagner Gomes, a luta está longe de terminar!