Nota sobre a “remuneração aos Conselheiros”
Neste último final de semana ocorreram em grupos de WhatsApp da categoria debates sobre o fato do Metrus remunerar os Conselheiros (eleitos e indicados).
A diretoria do Sindicato vem prestar esclarecimentos à categoria: o assunto foi trazido a esta diretoria no mês de março pelos Conselheiros. Fazemos uma autocrítica por não termos dado a devida publicidade na época, bem como entendemos que os próprios Conselheiros deveriam ter cobrado do Sindicato a divulgação.
Mas essa campanha de difamação só tem um sentido: desacreditar a luta em defesa do Metrus, onde a categoria garantiu, na Campanha Salarial deste ano, manter o Instituto de Seguridade Social em nosso Acordo Coletivo.
Os fatos são os seguintes:
Na 426ª Reunião do Conselho Deliberativo do Metrus, ocorrida em setembro de 2015, foi aprovado que o Metrus passasse a remunerar os Conselheiros como estava sendo adotado por vários Fundos de Pensão. Na época, o único voto contrário foi o do Conselheiro eleito Nilson, o que está registrado na ata.
A proposta de novo estatuto foi encaminhada ao Metrô e à aprovação da Previc, conforme determina a legislação, tendo retornado para aplicação em fevereiro de 2017.
Na 452ª reunião do Conselho Deliberativo em 9 de fevereiro de 2017, com o novo estatuto aprovado, a presidente do Conselho Deliberativo, que é o órgão que decide sobre esta questão, apresentou a proposta de que os membros do Conselho Deliberativo passassem a receber 10% do salário do Presidente e os do Conselho Fiscal 6%, hoje no montante de R$ 4.060,62 e R$ 2.436,37 respectivamente. Aliás, outro absurdo que precisa ser revisto são os altos salários do presidente e diretores do Metrus, que estão em torno de R$ 40.000,00.
Nesta reunião (Conselho Deliberativo) os Conselheiros Alexandre e Dagnaldo, empossados em novembro de 2015, se colocaram contra o pagamento desse valor por entenderem que o cargo de Conselheiro é uma representação e não um emprego. Sendo votos vencidos, apresentaram proposta para que a remuneração fosse simbólica, no valor de R$ 1,00, que também não foi aceita.
Diante da opinião da maioria pela aprovação da proposta apresentada pela diretoria do Metrus, Alexandre, Dagnaldo e Sérgio Carioca informaram que não ficariam com o dinheiro depositado em suas contas e que destinariam essa verba para as atividades de lutas dos trabalhadores, e assim fizeram. Posicionamentos registrados na Ata da 452ª reunião.
Conforme os fatos descritos acima, a Executiva do Sindicato entende que os diretores eleitos e Conselheiros se postaram de forma coerente e que não tem sentido a campanha de difamação difundida pelos grupos de WhatsApp. Porém, a diretoria entende que os conselheiros do Metrus, tanto os eleitos como os indicados, não devem ser remunerados.
A diretoria reafirma sua autocrítica e a crítica aos Conselheiros por não divulgarem e nem terem cobrado a divulgação nos materiais do Sindicato desse absurdo e propõe que a questão seja discutida na Assembleia convocada para o dia 22 de junho, onde debateremos o que fazer com o dinheiro da remuneração dos Conselheiros eleitos e debater sobre uma campanha que passe pela mudança do estatuto do Metrus, exigindo o fim dessa remuneração.