Reunião com Lupi debate reversão das demissões em SP e RJ
O presidente da Fenametro, Wagner Fajardo, e o diretor Ronaldo Lasmar participaram, no dia 20 de outubro, de reunião com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para cobrar uma ação mais efetiva do governo federal para fazer valer a recomendação do OIT – Organização Internacional do Trabalho, que condenou as demissões realizadas no ano de 2007, nos metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro.
No caso carioca, o ponto destacado pelos dirigentes ao ministro foi o fato de que, hoje, a empresa tem os fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobrás (Petros) como acionistas majoritários. No entanto, manteve a mesma direção, e pior: manteve a política de perseguição aos sindicalistas da categoria.
O outro aspecto tratado com Lupi foi o fato de que, em São Paulo, o então governador, José Serra, promoveu as demissões como retaliação à greve realizada pela categoria, infringindo abertamente o direito de greve, com o aval do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho.
O ministro se comprometeu a cobrar do governo paulista providências para cumprir a recomendação da OIT, e a cobrar dos Fundos de Pensão coerência e fim das perseguições a sindicalistas. Determinou, ainda, ao responsável pelo departamento jurídico do Ministério, que estava presente na reunião, o estudo de providências jurídicas contra estas práticas anti-sindicais.
A Fenametro espera que, com o reconhecimento do governo federal, as práticas antissindicais cometidas contra os dirigentes sindicais metroviários sejam revertidas em uma política clara de garantia do exercício dos mandatos e ações sindicais em nosso país.
Ao mesmo tempo, conclama as centrais sindicais e demais organizações dos trabalhadores a perseguirem, sem trégua, a conquista de uma legislação que coíba terminantemente a perseguição dos trabalhadores que lutam por seus direitos.
Por Cinthia Ribas
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