Triste rotina no Metrô: a luta está em nossas mãos!
No dia 16/12 tivemos mais um grave problema no horário de pico, causando fechamento das estações São Judas, Conceição e Jabaquara, das 6h40 às 9h. No dia 10, outro problema em equipamento de via entre as estações Patriarca e Arthur Alvim provocou caos no pico da tarde. Estes episódios infelizmente vêm se repetindo, sendo que, só neste ano, pelo menos oito ocorrências graves tiveram repercussão na imprensa.
Mas qual é a origem de tantas falhas, panes, superlotação e caos?
O sistema metroviário está saturado devido a décadas de inanição. A malha metroviária (67 km) está muito aquém para uma cidade com o porte de São Paulo, e no próximo ano atingiremos a marca dos 4 milhões de usuários – uma população que têm no Metrô uma alternativa ao trânsito caótico, apesar de seu mau planejamento e crescimento.
A empresa limita-se a injetar mais composições no sistema, reduzindo a distância e o intervalo entre as mesmas. As peças, equipamentos e funcionários estão trabalhando no limite, os horários do vale parecendo cada vez mais com os antigos picos, e os horários de pico tornaram-se o caos, com os problemas recorrentes.
A solução não é simples, nem rápida. É necessário planejamento e investimento para ampliar e diversificar a malha metroviária, multiplicar o quadro de funcionários e a sua especialização técnica, com seu tradicional profissionalismo. Porém, esta necessidade torna-se absolutamente distinta ao que o Plano Fim de Carreira imposto pela Cia. propõe.
Buscaremos parceria com os maiores interessados: população, usuários e categorias que atendem serviços essenciais da população, sob a mesma ameaça de descaracterização profissional.
Propomos a criação de um fórum em defesa do Metrô público, de qualidade e estatal, definindo metas e planejamento para atender a necessidade da população, e não aos empresários sanguessugas e cupinchas do meio político.
A luta não é fácil, mas está em nossas mãos!
Levantemos bem alto a bandeira da capacidade técnica e do profissionalismo dos metroviários, que fazem um verdadeiro “milagre” para contornar os problemas do sistema, por décadas de atraso na sua ampliação.