Alckmin ameaça com mais PPPs

Tirando o foco: expansão anunciada após problema na L 4

O governo Alckmin anuncia investimentos de 45 bilhões nos transportes públicos para o plano plurianual 2012/15,  30 bi direto do Tesouro e 15 bi via PPPs (que também é um ônus público em favor dos privados).

O secretário Jurandir Fernandez, criticando a legislação ambiental como obstáculo para a construção de mais linhas, apresentou como exemplo o metrô da Espanha que a flexibilizou, uma vez que essa modalidade de transporte em si compensa, pela sua importante contribuição na redução de emissão de gases na atmosfera.

A construtora Odebrechet foi incumbida de em 90 dias fazer um estudo de viabilidade econômica da Linha 6 Laranja, que será a maior de todas as linhas do metrô, com 34 km ligando a rodovia dos Bandeirantes à Cidade Líder, cruzando São Joaquim, Higienópolis, Lapa e Brasilândia, estudo que será ressarcido pelas concorrentes vencedoras da licitação, da qual também é participante. Advinhem quem vai ganhar?
 
Só omitiu propositalmente que o metrô madrilenho é estatal. 0s 283 km do metro de Madri é operado pela Metro de Madri S.A. (Em Barcelona há 6 linhas estatais,3 privadas e 3 em construção), "Chegou a hora da caça ao Tesouro", disse o vice Guilherme Afif, coordenador do programa estadual de PPP diante da negociação e entrega do patrimônio público, defendendo ainda a isenção de ICMS para as importações de trens, construção e operação das linhas etc. "Coincidentemente" as mesmas empresas que depositam dinheiro na Europa para ministros do TCE e financiam campanhas eleitorais do partido do governo, aqui.
 
Um cinismo à la Roque Barbieri, do também governista PTB, que declarou que no mínimo 30% da Assembléia Legislativa faz "tráfico de obras".

Novamente, após um notável incidente com a paralisação absoluta do seu modelo de modernidade, a privatizada Linha 4, o governo usa do ardil de desviar o foco da opinião pública anunciando grandes ampliações e investimentos, insistindo na manutenção do método que os fatos mostram serem prejudiciais para quem depende do transporte público: os trabalhadores.
 
Chega de corrupção! Chega de Sufoco!
 
Os metroviários, através do Sindicato, não negligenciarão seu dever de conscientizar à população e manter-se firme na luta pela concepção e gestão integral de um metrô público, estatal e com a qualidade à serviço da sofrida população trabalhadora e estudante de São Paulo,que o necessitam e merecem.