Ato na 6ª feira, 17h, na República, contra a violência sexual e a falta de segurança

Na sexta-feira (10/4), às 17h, na estação República, será realizado um ato contra o estupro ocorrido no dia 2/4.  O ato também vai denunciar a total falta de segurança nas bilheterias que fazem o serviço de recarga de bilhete único e no metrô. Uma garota de 18 anos foi violentada dentro da cabine da Prodata, na estação República.


No dia 7/4 foi o detido o agressor da funcionária. É importante que ele vá para a cadeia e pague pelo que fez. Mas a prisão não encerra o caso para nós. É preciso discutir, levantar e atacar as situações inseguras no  metrô e nas terceirizadas.

O número de seguranças do metrô não atende às necessidades do sistema superlotado e não atende todas as estações. Outro problema é a terceirização dos serviços prestados. Uma parte da manutenção do Metrô, uma parte da segurança, a limpeza, e uma parte do atendimento nas estações com menores de idade e a recarga de bilhetes são terceirizadas, trazendo vários problemas.

As condições de trabalho são péssimas, não há várias garantias trabalhistas, os salários são baixos para, em muitos casos, fazer o mesmo serviço que funcionários e funcionárias concursados, as cabines de recarga não têm conforto, não têm ar-condicionado, não há rendição para ir ao banheiro e não há segurança.

O Metrô tem que abrir espaço e poder de decisão para CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) discutir o estupro e as condições inseguras para funcionários e funcionárias que trabalham dentro da área do Metrô, tanto do Metrô como terceirizados.

O governo do Estado tem que assumir sua responsabilidade na melhoria das condições de transporte da população de São Paulo que sofre com a superlotação e a precariedade do transporte público e o descaso com as condições de trabalho de seus funcionários.

Todos ao ato na sexta-feira (10/4), às 17h, na estação República.

Exigimos:

– Não basta ser preso, o agressor que ser condenado e cumprir a pena.
– Total assistência à funcionária vítima de uma agressão tão revoltante e humilhante. Assistência de saúde, psicológica, jurídica e trabalhista.
– Fechamento da cabine do acesso Arouche (onde ocorreu a violência sexual) e de outras que se encontram em acessos semelhantes.
– Fim da terceirização. Não ao PL 4.330!
– Delegacia da Mulher dentro do Metrô.
– Aumento do quadro de funcionários, principalmente na segurança e no turno da noite e aumento de funcionárias mulheres na segurança.