Carta destaca condições precárias
Os companheiros que trabalham no Centro de Controle Operacional (CCO) fizeram novamente uma carta que foi enviada ao Metrô em protesto às condições de trabalho, cada dia piores e com tendência de agravamento com a falta de quadro. Divulgamos aqui na íntegra o material, leia abaixo:
“Há poucos meses denunciamos a maneira desrespeitosa e arbitrária como somos tratados pelo nosso departamento (OPC). Depois de inúmeras reuniões e promessas de mudanças, pouca coisa foi alterada e algumas até pioraram. Continuamos sendo convocados para realizar treinamentos em dias de folgas, com a desculpa que só há esses dias.
Ainda somos responsáveis por mais de um local de trabalho ao mesmo tempo, deixando postos descobertos e gerando sobrecarga e riscos aos usuários e funcionários no campo. Ainda não foram adquiridos equipamentos de VHF e CFTV de qualidade e a limpeza do piso do ar condicionado não foi realizada. Há excesso de ruído na sala e nenhuma previsão de melhorias, o que agrava nosso estresse e dificulta o trabalho. O ar condicionado da copa só foi conseguido após as denúncias do grupo, o local era insuportável e mesmo assim o controle remoto fica em posse da Supervisão.
Continua a falta de quadro e com a saída de colegas pelo PDV tudo tende a piorar. Os operadores em licença médica continuam sem reconhecimento de doenças ocupacionais e agora temos um agravante: a criação de um grupo selecionado para atuar no Console de Trens da Linha-3 Vermelha, nos dias de Jogos Olímpicos, desrespeitando, profissionalmente, todo o quadro de operadores do CCO, numa grave configuração de “assédio moral coletivo”. Sabemos que essa situação não é isolada e é parte do que vem ocorrendo em diversas áreas da empresa. Gostaríamos de demonstrar nossa indignação e informar a categoria metroviária.”