Categoria diz NÃO ao novo Plano de Cargos e Salários
Na Assembleia de 30/7, a proposta da empresa foi rejeitada por mais de 70% dos votos. Proposta tem o objetivo de preparar o Metrô para a privatização
O novo Plano de Cargos e Salários (“Plano de Carreira”) ainda está em discussão entre as instâncias de decisão do Metrô e o CODEC, portanto, não está em vigor. Entretanto, as diretrizes deste novo plano nos permitem dizer que trata-se de mais um ataque aos metroviários e metroviárias.
A proposta é confusa e tem poucas explicações concretas sobre o que vai acontecer com cada função. Porém, há ataques claros: 1) cria multifunções, acumulando tarefas essenciais que atualmente são de cargos distintos. Isso reproduz o que já ocorre nas Linhas 4 e 5, em que os trabalhadores da Operação e Manutenção acumulam funções de atendimento e segurança pública com funções técnicas de manutenção e operação do trem; 2) aumenta o tempo para atingir o topo do salário das funções, mantendo a desigualdade salarial da mesma função por mais tempo; 3) dificulta as promoções e não possui um critério objetivo para elas.
A forma como este plano propõe a estruturação das funções prepara a empresa para a privatização, pois é uma proposta guiada pelo modelo hoje aplicado nas linhas privatizadas, pela diminuição de postos de trabalho e o acúmulo de função nas novas funções criadas.
Os dirigentes e gestores do Metrô têm dito que “a empresa trabalha com muito desperdício”. O que eles querem dizer com isso? Eles acham que a categoria trabalha pouco? O Metrô foi eleito o melhor serviço público da cidade de São Paulo pelo sétimo ano consecutivo e, de 10 anos para cá, houve a drástica redução de 35% do quadro de funcionários, chegando a 40% de déficit, inclusive do início da implantação do cargo de Supervisor Metroviário (GF) até agora, já foram desligados quase 1.000 metroviários e metroviárias. Esse resultado não seria possível se a categoria trabalhasse pouco.
A empresa diz que a adesão vai ser individual e voluntária. A assembleia da categoria decidiu por rejeitar coletivamente essa proposta da empresa. Combateremos qualquer prática assediosa da empresa de pressionar os trabalhadores com ameaças para que façam a adesão ao Plano de Carreira.