Com lance de 7,9% do valor gasto pelo governo Alckmin, CCR vence leilão do metrô

Vitória da empresa já havia sido adiantada pelo Sindicato dos Metroviários, que apontava para o direcionamento no edital de licitação. Disputa judicial apontou prejuízos aos cofres públicos. Reproduzimos aqui matéria publicada no portal Rede Brasil Atual
Com um lance de R$ 553,8 milhões, o consórcio liderado pela empresa CCR e o grupo Ruas Invest arrematou, nesta sexta-feira (19), o leilão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do metrô de São Paulo. O valor está sendo comemorado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) por representar um ágio de 185% frente ao lance mínimo, estipulado no edital em R$ 189,6 milhões.

Entretanto, até o momento, o governo estadual já investiu cerca de R$ 7 bilhões na construção das duas linhas – ou seja, o lance vitorioso representa apenas 7,9% dos recursos gastos. O contrato de concessão de ambas as linhas prevê um valor estimado de R$ 10,8 bilhões e um investimento, em melhorias e infraestrutura, de R$ 88,5 milhões a ser realizado pela empresa vencedora.

A CCR administra outras seis concessões no estado de São Paulo, incluindo a linha 4-amarela do metrô, por meio da empresa ViaQuatro, além da Autoban, a Viaoeste, a Novadutra, a Spvias e o trecho oeste do Rodoanel.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo já havia alertado para um possível direcionamento da licitação para a CCR, tendo como fundamento o item 16 do edital, que determinava a exigência da empresa vencedora ter experiência de transporte de 400 mil usuários por dia – critério que, no Brasil, apenas a CCR (concessionária da linha 4-Amarela, em São Paulo, do VLT do Rio de Janeiro e do metrô de Salvador), e o grupo Invepar Participações (que opera o metrô do Rio de Janeiro) têm condições de assumir, sendo que a Invepar passa atualmente por dificuldades financeiras.

O leilão chegou a ser suspenso ontem (18), em decisão liminar do juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara de Fazenda Pública, acolhendo pedido feito pelos vereadores paulistanos Sâmia Bomfim e Antônio Vespoli, ambos do Psol. Horas depois, a decisão foi derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças.

Valorizamos sua privacidade

×

Para melhorar sua experiência em nosso website, utilizamos cookies. Eles nos ajudam a personalizar conteúdo e anúncios, além de analisar nosso tráfego. Ao navegar em nosso site, você tem a opção de personalizar suas preferências de cookies, podendo aceitá-los, recusá-los ou ajustá-los conforme seu consentimento. É importante destacar que os cookies estritamente necessários são sempre ativos para garantir o funcionamento básico e correto do site, amparados pela hipótese legal de legítimo interesse pela LGPD. Para mais informações, acesse nosso AVISO DE PRIVACIDADE e nossa POLÍTICA DE COOKIES.

Personalizar preferências de consentimento

×

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.

Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar como você usa esse site, armazenar suas preferências e fornecer conteúdo e anúncios que sejam relevantes para você. Esses cookies somente serão armazenados em seu navegador mediante seu prévio consentimento.

Você pode optar por ativar ou desativar alguns ou todos esses cookies, mas desativá-los pode afetar sua experiência de navegação.

Para mais informações, acesse nosso AVISO DE PRIVACIDADE e nossa POLÍTICA DE COOKIES.

Para mais informações sobre como os cookies de terceiros do Google operam e utilizam seus dados, consulte a: Política de Privacidade do Google