CORTE DE DIREITOS: Metroviários não aceitam mais desculpas
A categoria está cansada. Trabalhando diuturnamente para manter um dos principais meios de transporte de São Paulo em funcionamento em plena pandemia, os metroviários estão sem reajuste salarial há mais de 2 anos, com Steps cortados e PRs sem previsão de pagamento, além de diversas demissões, terceirizações e perda de adicionais.
Essas imposições da direção do Metrô e do governo estadual representam grande impacto na renda e condições de vida dos trabalhadores, que sofrem as consequências da crise que atinge o País. Segundo o IPCA, a inflação geral dos últimos 24 meses foi de 9,72%. Já o custo de produtos alimentícios subiu cerca de 29% no mesmo período.
A categoria quer e merece a equiparação, que é trabalho igual com salário igual. Além de não fazer a equiparação, sequer pagou os Steps, o que é parcial e insuficiente. O Metrô precisa pagar os Steps atrasados e fazer a devida equiparação. Também não pagou as PRs de 2019 (segunda parcela) e 2020, um verdadeiro calote à categoria. E também tem que negociar a de 2021.
Os metroviários não pararam em nenhum momento e estão esgotados com a contínua deterioração das condições de trabalho. É inaceitável que o governo estadual não reconheça os serviços prestados e não atenda aos apelos da categoria ao mesmo tempo em que garante bilhões para a CCR em contratos imorais. Vamos fortalecer a união da categoria e lutar para reverter os ataques!
Covid-19: novo protocolo da empresa é irresponsável
O Metrô alterou uma orientação em que autoriza o retorno de trabalhadores que foram diagnosticados com coronavírus, mesmo que a pessoa ainda tenha o teste PCR positivo em casos leves da doença. Isso é uma completa irresponsabilidade que se alinha com os discursos negacionistas.
Diversos estudos científicos mostram que o vírus pode permanecer na pessoa infectada por longos períodos e, mesmo sem sintomas ou gravidade, pode transmitir para outros.
O Sindicato questionou a empresa e cobra a adoção de ações contundentes na defesa da vida dos funcionários e pede o afastamento de idosos sem comorbidades, por conta do aumento significativo do número de contaminados. Orienta também que pessoas em homeoffice que tiveram retorno solicitado podem pedir novamente o afastamento, pois o ato do presidente ainda está válido.
Pela contratação imediata de Assistentes Sociais
Diante da pandemia e do grande número de mortes de metroviários e familiares, é urgente a contratação de Assistentes Sociais, visando ocupar vagas já existentes que não foram preenchidas nos últimos anos, causando defasagem no quadro e deficiência no atendimento.
É necessário o retorno do plantão do Serviço Social e assistência de 24 horas todos os dias aos metroviários.