Deu no Estadão: Metrô Butantã: estação aberta e 73 casas rachadas
Ao todo, obra da Linha 4 danificou 1.010 imóveis no entorno; consórcio responsável admite que não terminou reparos.
A Estação Butantã da Linha 4-Amarela será aberta hoje, mas nem todo mundo no bairro da zona oeste de São Paulo tem razões para comemorar. Pelo menos 73 casas rachadas durante a escavação do metrô ainda nem começaram a ser consertadas ou indenizadas pelo Consórcio Via Amarela. No total, ao menos 1.010 imóveis sofreram danos.
O consórcio havia estipulado que dezembro de 2010 seria o prazo máximo para a conclusão dos consertos, mas a falta de acordo em algumas situações prolongou a espera de quem teve problemas com rachaduras e desnivelamentos. Quando há entendimento, as construtoras reformam o imóvel avariado e o devolvem ao proprietário. Mas, quando não há acordo ou os moradores preferem receber indenização, os casos podem se enrolar e até parar na Justiça.
Nessa situação, estão os 73 imóveis que ainda passam pelo processo de vistoria e peritagem, segundo o Via Amarela. Outras 692 casas foram reparadas pelo consórcio e 212 proprietários preferiram ser indenizados em dinheiro. Além disso, 25 residências estão atualmente sendo consertadas e oito foram pagas pelo seguro.
A maioria dos danos foi causada pelas explosões que abriram os túneis do metrô. Foi isso que ocorreu com a casa do engenheiro Ari Negrisolli, na Rua Tiapira. Ele conta que as obras causaram trincas e rachaduras nas paredes da residência, romperam encanamentos de água e esgoto e desnivelaram o piso e as paredes de todo o imóvel. Resultado: há quatro anos, ele e a família estão morando fora de casa.
"Estamos numa casa aqui perto, que o próprio consórcio paga o aluguel", diz Negrisolli, ex-engenheiro do Metrô. Segundo ele, um perito do Via Amarela constatou que sua residência e outras 15 na vizinhança tiveram perda total e terão de ser demolidas. " Mandei um orçamento para a reconstrução em dezembro e ainda estou esperando resposta."
Por Rodrigo Burgarelli – O Estado de S.Paulo
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Por estes e outros motivos o Sindicato dos Metroviários é contra as privatizações e Parcerias Público-Privadas!
No caso da Linha 4 – Amarela, em especial, o governo do estado arcou com 73% do valor da obra, e o restante ficou por conta da empresa privada.
E como se não bastasse a empresa ter que desembolsar quase nada, ainda tem garantido o pagamento pelo governo do estado de uma quantidade mínima de usuários!
Sem contar com a tragédia que causou a morte de 7 pessoas no desabamento das obras da estação Pinheiros!
Chega de desperdício do dinheiro público! Diga não às privatizações e PPPs!
Por um Metrô público, estatal e com qualidade!