Doria: inimigo do transporte público
A gestão Doria é catastrófica em relação ao transporte público. Permite a superlotação dos trens, metrô e ônibus, facilitando a disseminação do coronavírus. Transfere dinheiro público para empresas privadas e ataca ferozmente a organização dos trabalhadores
O governador Doria quer esconder a aliança BolsoDoria que os elegeu em 2018. No entanto, a atuação de Doria é tão autoritária e catastrófica quanto a de Bolsonaro.
Doria posa de defensor da ciência, mas permite a superlotação do transporte público, provocando a disseminação do vírus. Não deu a mínima atenção ao Plano de Emergência proposto pelos metroviários.
Em março deste ano, Doria repassou R$ 1 bilhão para a concessionária CCR, que administra as Linhas 4, 5 e 17 (privatizadas) do metrô. Essa fortuna foi para os cofres da CCR porque ocorreram atrasos em obras a serem operadas pela própria concessionária. Com esse dinheiro, a CCR arrematou duas Linhas da CPTM (8 e 9) num leilão. Estranho, não?
Sede do Sindicato: LEILÃO SUSPEITO
Mais uma prova da arrogância e autoritarismo de Doria ocorre com o leilão da sede do Sindicato dos Metroviários, concedido por contrato há mais de 30 anos. Os trabalhadores construíram sua sede com suas próprias verbas.
Sem qualquer diálogo com os metroviários, Doria autorizou o leilão do terreno, localizado no Tatuapé. O leilão, por sinal, foi prá lá de suspeito. Para se ter ideia, o consórcio que “venceu” o leilão, o UNI 28, tem capital social de R$ 10 mil, mas ofereceu R$ 14,4 milhões para levar o terreno. O terreno vale, no mínimo, R$ 30 milhões.