Em defesa da escala e da jornada de trabalho

f_4x2x4A luta em defesa da jornada de trabalho 4x2x4 é uma bandeira histórica dos metroviários que, organizados pelo Sindicato, participaram das manifestações em Brasília para garantir no texto da Constituição Federal de 1988 o turno de seis horas diárias para quem trabalha em escala de revesamento. Após a promulgação da Constituição, o Sindicato fechou acordo com a empresa para estabelecer a escala 4x2x4 com jornadas de 8 horas diárias

Esta foi uma grande conquista, pois os metroviários de toda a operação passaram a ter quatro folgas após a segunda noitada. Porém, em 1989 a empresa tentou impor o turno fixo. O Sindicato organizou uma ampla mobilização da categoria para não aceitar a fixação dos turnos, que enfraqueceria a escala e a unidade dos metroviários.

Após a inauguração da Linha 2, em 25 de janeiro de 1991,
o Metrô fêz promessas falsas aos metroviários que aceitassem o turno fixo.

Hoje o Metrô ataca novamente a escala 4x2x4 querendo estabelecer no Acordo Coletivo de Trabalho o aumento da jornada de trabalho diária em alguns setores da GOP, e descumprindo a legislação trabalhista ao aplicar mais de 8 horas na jornada diária.

No dia 16 de junho houve a primeira reunião entre o Metrô e o Sindicato para debater a jornada de trabalho, mas a GOP apresentou a mesma proposta defendida nas negociações da Campanha Salarial, afirmando que deseja acabar com a hora extra no período noturno para os OT’s e distribuí-la durante o dia.

A proposta aumenta a jornada diurna e o Sindicato afirmou que não aceitará nenhum acréscimo na jornada de trabalho. Se o Metrô persistir na sua intenção, o Sindicato defenderá como sempre, o Acordo Coletivo Vigente, pois a Constituição Federal e a CLT determinam que a jornada de trabalho não deve ultrapassar 8 horas diárias.

O Sindicato defende a jornada de 36 horas semanais de trabalho para todos os metroviários da Operação e não fará nenhum acordo que coloque em risco a conquista da escala 4x2x4.

Os metroviários devem acompanhar atentamente as negociações entre o Sindicato e o Metrô sobre a jornada de trabalho e não aceitar nenhuma pressão para trocar de escala.

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Em Defesa da Redução da Jornada de Trabalho

No próximo dia 30 será votado o parecer do deputado federal Vicentinho/PT sobre a redução da jornada de trabalho. Com a crise financeira do sistema capitalista gerando mais desemprego, a votação ganha maior relevância para os trabalhadores, pois segundo cálculos do Dieese, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais vai gerar 2 milhões de postos de trabalho.

O Brasil tem a maior jornada de trabalho da América Latina e uma das maiores do mundo. O impacto do custo da redução da jornada de trabalho é insignificante para os empresários, apenas 1,99%, sendo que as empresas aumentarão a produtividade. Porém, sabemos que a votação do dia 30 será uma disputa difícil, pois os empresários são contra a redução e estão com uma organização forte no Congresso Nacional. Só com uma ampla mobilização dos trabalhadores e do movimento sindical nós conquistaremos a redução da jornada de trabalho.

A redução da jornada de trabalho é uma bandeira histórica do movimento sindical, responsável pelo surgimento do Dia do Trabalhador (1º de Maio) e o Dia das Mulheres (8 de março).  O Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que sempre participou das lutas em defesa da redução da jornada sem redução salarial, enviará uma comissão de sindicalistas para participar das mobilizações previstas para ocorrer em Brasília no dia 30 de junho.