Empresa denuncia formação de cartel nas obras do metrô
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Segundo a denúncia, as empresas foram contratadas para fornecer equipamentos com preços até 20% superiores caso concorressem normalmente. O caso foi noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo na edição de 14 de julho (domingo).
O cartel atuou em ao menos seis licitações. A estimativa é que o mercado de transporte sobre trilhos movimente R$ 4 bilhões por ano no Brasil. Em São Paulo estão sendo investigados a extensão da Linha 2-Verde do Metrô, a construção da fase 1 da Linha 5-Lilás, o Projeto Boa Viagem, de modernização de trens da CPTM, a contratação da série 3000 (CPTM) e a manutenção das séries 2000 e 2100 (CPTM).
Também estão sendo investigadas as obras de manutenção do metrô de Brasília, em 2007, que custava R$ 96 milhões ao ano.
Além da Siemens, o esquema envolve ainda outras multinacionais, como a Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui, que fazem parte do projeto do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, que será licitado em agosto de 2013.
Fazem parte também as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan.
Ao delatar o esquema, a Siemens assinou um “acordo de leniência”. Dessa forma, pretende garantir imunidade administrativa e criminal, livrando-se de punição caso o cartel seja condenado.
Punição aos responsáveis
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo sempre denunciou a nebulosidade dos negócios do governo Alckmin, incluindo as privatizações e contratações de empresas terceirizadas
A população deve dar um basta e exigir punições aos responsáveis pelo sufoco diário que passa nos transportes da cidade.
Só com uma efetiva investigação e condenação dos responsáveis e a participação dos trabalhadores e sociedade na fiscalização da gestão de um sistema estatal teremos mais transportes com melhor qualidade.