Empresas do cartel bancam 56% da campanha de Alckmin

Mais da metade da campanha do governador do Estado e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), foi bancada por empresas que fazem parte do cartel em licitações do metrô de São Paulo. No total, quatro empresas doaram R$ 8,3 milhões, 56% do total arrecadado (R$ 14,7 milhões).

Três das empresas doadoras já são rés em processos na Justiça: a construtora Queiroz Galvão, a CR Almeida S/A Engenharia de Obras e a construtora OAS S/A, que doaram respectivamente R$ 4,1 milhões, R$ 1 milhão e R$ 860 mil ao comitê financeiro estadual para governador do PSDB.

Do dinheiro oferecido pela Queiroz Galvão, R$ 2,1 milhões foram pagas por uma subsidiária, a Queiroz Galvão Alimentos S/A.

A Serveng Civilsan S/A Empresas Associadas de Engenharia, que é investigada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), colaborou com R$ 2 milhões.

Executivos de consórcios integrados pela CR Almeida S/A Engenharia de Obras, pela OAS S/A e pela Queiroz Galvão  foram denunciados em 2012 por suspeita de fraude e formação de cartel na licitação para ampliar a Linha 5-lilás do Metrô de São Paulo. No total, 14 funcionários de 12 construtoras foram denunciados no caso.