Ex-presidentes do Metrô e membros de governos do PSDB viram réus em escândalo da compra de trens
A Justiça de São Paulo tornou réus o atual presidente do Metrô e cinco ex-presidentes, entre eles o secretário de Transportes Metropolitanos do estado, Clodoaldo Pelissioni, por improbidade administrativa pela compra de 26 trens por R$ 615 milhões que ficaram sem uso porque a linha 5-Lilás não estava pronta.
Quem virou réu:
Clodoaldo Pelissioni – atual secretário de Transportes Metropolitanos e ex-presidente do Metrô
Paulo Menezes de Figueiredo – atual presidente do Metrô
Sérgio Avelleda – ex-presidente do Metrô e atual chefe de gabinete da Prefeitura de SP
Jorge Fagali – ex-presidente do Metrô
Peter Walker – ex-presidente do Metrô
Luiz Antonio Pacheco – ex-presidente do Metrô
Jurandir Fernandes – ex-secretário de Transportes Metropolitanos
Laércio Biazzotti – ex-executivo do governo de São Paulo
David Turubuk– ex-executivo do governo de São Paulo
Além dos nove réus, o Metrô também terá que responder na Justiça.
Na decisão, o juiz Adriano Marcos Laroca afirma que “segundo informações técnicas constantes dos autos, o teste definitivo do trem só poderia ser realizado na própria linha e, mesmo estando os trens parados sem uso em diversos locais, há mais ou menos quatro anos, além de outros desgastes do produto adquirido, e também o serviço de assistência técnica que pode ter sido afetado, exigindo nova contratação”.
Em 2010, o governo de São Paulo determinou paralisação das obras da linha onde os trens seriam usados por causa das denúncias de irregularidades no processo de licitação. Recentemente, os responsáveis pelas obras foram condenados.
Mesmo com as obras paradas, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) comprou os trens em 2011. Na ação, que agora foi aceita, o promotor Marcelo Millani afirmou que “os trens estão abandonados e foram vandalizados”.