Falta de água ocorre por falta de investimento. E pode piorar…

Algumas cidades da Grande São Paulo já estão sofrendo com a falta de água. E a previsão é de que até novembro toda a região fique sem abastecimento. A própria Sabesp  afirma que a água captada do “volume morto”, um reservatório emergencial, acabará em novembro.


O governador Alckmin coloca a culpa na seca. Na verdade, a situação é consequência da falta de investimento do governo no setor e da privatização da Sabesp.

O governador não fez as obras necessárias e agora, usando o argumento de “emergência”, dispensa as licitações na maioria das construções que está fazendo. E não é de hoje que o governo estadual tem esquemas de corrupção com empreiteiras e multinacionais.

A grande causa da falta de água é a falta de investimento na ampliação de mananciais. A  população saltou de 10 para 22 milhões em 30 anos e os mananciais não são capazes de atender essa demanda.

Isso pode ser explicado pela mudança na Sabesp, que até os anos 1990 tinha como objetivo atender a população com saneamento básico. Em 2000, na prática, a empresa deixou de ser pública e teve seu capital acionário aberto na Bolsa de Valores de Nova York. Os acionistas não querem abrir mão do lucro para se fazer os investimentos necessários.

Aumento da tarifa de energia

E se vai faltar água podemos também ficar sem luz. Desde o dia 4 de julho, o consumidor está pagando 18,66% a mais na tarifa de energia. Os mais pobres poderão ficar sem luz simplesmente porque não terão como pagar a conta.

Ainda não acabou. Desde o dia 1º, o governo estadual está cobrando em média 5,29% a mais dos pedágios em rodovias paulistas. O aumento pesa no bolso de quem depende das estradas para trabalhar.