Falta de investimentos e funcionários facilita agressões a metroviários
No dia 15/6 mais uma Agente de Segurança do metrô foi agredida, levou uma pedrada e recebeu chutes na cabeça na estação Vila Matilde. Ela ficou gravemente ferida, sofreu convulsões e foi levada às pressas ao hospital. Nos últimos anos diversos trabalhadores da segurança e estação foram agredidos por torcedores, ambulantes e pedintes. Isso é consequência da política irresponsável da empresa e do estado, que deixa o quadro de funcionários reduzido. Trabalhadores e usuários ficam em situação vulnerável.
O metrô de São Paulo transporta mais de 4 milhões de passageiros diariamente e conta com um número de trabalhadores muito inferior às necessidades para o atendimento de qualidade à população. Para se ter ideia, o número de funcionários é praticamente igual ao da década de 1990, quando atendia cerca de 1,5 milhões de usuários por dia. Isso é resultado da política de privatização do transporte, que deixa de investir em melhorias para bancar o lucro de empresários e campanhas políticas de seus aliados.
Além disso a empresa pratica estratégias que colocam em risco a vida dos trabalhadores e da população e não se prepara de forma adequada para grandes eventos. Expõe funcionários a situações vulneráveis como na contenção de torcidas organizadas e do comércio ilegal. Em dezembro de 2016 um usuário do metrô foi agredido e morto na estação Dom Pedro II após defender uma pessoa LGBT.
A crise econômica e social que atinge o País foi gerada pelas políticas do governo federal, que priorizou reformas que atacam os trabalhadores, deixou de investir em áreas essenciais e mantém alto nível de desemprego. Os metroviários também são afetados pela crise. Trabalhadores da segurança, das estações e operadores de trens vivem
sob ameaças e são frequentes alvos de ataques.
Queremos mais contratação de funcionários e estratégias que garantam a segurança dos trabalhadores e da população.