Greve Geral de 14/6: Metroviários fizeram a sua parte
As metroviárias e os metroviários aprovaram e participaram ativamente da construção da Greve Geral, convocada por todas as Centrais Sindicais brasileiras, contra a reforma da Previdência, no dia 14/6. Os ataques contidos nesse projeto têm motivos suficientes para que os trabalhadores de todos os cantos do País se levantem e protestem.
Parabenizamos os metroviários que mostraram mais uma vez sua força, seu espírito de luta e consciência de classe, pois fizemos parte da grande mobilização nacional que atingiu 45 milhões de trabalhadores em todo o País, paralisou o transporte de 19 capitais e várias cidades do Interior.
Fizemos a nossa parte. No entanto essa greve poderia e deveria ter sido muito maior. Fomos surpreendidos pela mudança de posição dos sindicatos ligados a outros ramos dos transportes em São Paulo. Na preparação, o Sindicato de Metroviários promoveu e participou de três reuniões com sindicatos de transportes e nelas foram confirmadas que todos fariam a Greve Geral. A última reunião foi na sede do Sindicato dos Condutores, no dia 10/6.
Mesmo diante da traição das direções dos sindicatos de Condutores e Ferroviários de SP, e a pressão da mídia e do governo, a grande maioria da nossa categoria aderiu à greve. Frente às dificuldades, na manhã de 14/6 diretores do Sindicato que passaram a noite nos piquetes conversaram sobre a possibilidade da realização de uma assembleia extraordinária durante o dia para que a categoria pudesse decidir sobre os rumos da greve. Mas não houve consenso sobre a realização de nova assembleia e prevaleceu a resolução definida na noite de 13/6: greve de 24 horas.
Infelizmente, houve problemas na nossa comunicação que acabaram gerando mensagens de alguns membros da diretoria informando equivocadamente a suspensão da greve. Muitos companheiros voltaram ao trabalho, mas teriam se mantido em greve caso as mensagens não tivessem sido enviadas.
Nossa avaliação é de que foi correto fazer parte da Greve Geral contra a reforma da Previdência. Esse instrumento de ação nos dá grande poder de enfrentamento aos ataques que os governos buscam promover à nossa categoria e ao conjunto do povo trabalhador.