Greve geral na França contra a reforma da Previdência
Pelo menos 1,5 milhão de pessoas, de acordo com as Centrais Sindicais da França, marcharam na quinta-feira (5/12) contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron.
Metrôs, trens, escolas e parte do comércio e dos aeroportos passaram o dia fechados. Em pelo menos cem cidades da França, trabalhadores marcharam com coletes sindicais, cartazes e faixas nas quais acusavam o presidente de forçar os trabalhadores a se aposentarem mais tarde, recebendo menos.
O novo modelo prevê a criação de um sistema único universal para todos os trabalhadores franceses, abolindo os 42 fundos de pensão diferentes que existem atualmente.
Nesse sistema único, haveria a garantia mínima de uma aposentadoria de 1.000 euros (aproximadamente R$ 4.659) para quem se aposentar com a idade mínima de 64 anos. A partir daí, a proposta de Macron prevê uma valorização do pagamento a cada ano trabalhado, progressivamente, estimulando as aposentadorias tardias e, com isso, o maior tempo de contribuição.
Em 1995, uma greve semelhante, contra a extinção dos regimes especiais, durou semanas e conseguiu impedir que as mudanças fossem aprovadas de uma única vez. Entretanto, nos anos seguintes, uma série de alterações previdenciárias foram feitas a conta-gotas.