Inspeção nas bases dos operadores de trem (tráfego)
A Gerência de Operações (GOP) resolveu intensificar a rotina de inspeções junto aos Operadores de Trem (OTs) para verificar se estão cumprindo os procedimentos relativos à operação dos trens, dando ênfase à comunicação com usuário (PAs), postura dos OTs, modalidade de operação, preenchimento de relatório (RDT), entre outros. No entanto, quem está descumprido procedimentos básicos da Cia. são os próprios Supervisores de Linha (SLs) que estão envolvidos nas inspeções.
Em reunião com o chefe de departamento e com o coordenador em exercício, os diretores do Sindicato, Almir Castro e Marcos Freire, cobraram o cumprimento destes procedimentos, já que alguns deles “fingem” desconhecê-los, ao entrar na cabine do trem sem se identificar, e sem ter autorização do OT, por exemplo.
Punições
Outro problema exposto à GOP é a grande quantidade de advertências que estão sendo aplicadas ao ser detectada qualquer suposta alteração de procedimento, principalmente no que diz respeito aos PAs.
Como se isso não bastasse, além dos SLs, outras pessoas da GOP também acabam cumprindo a tarefa de inspeção enquanto estão em circulação no sistema e, ao perceber alguma suposta diferença, relatam às chefias. Como estes reclamantes são pessoas de cargo superior, as chefias acabam, por vezes, advertindo de maneira arbitrária, sem levar em consideração nenhuma justificativa.
Política de cartazetes
A falta de diálogo entre SLs e os operadores foi outra queixa feita pelos diretores do Sindicato à GOP, pois, ultimamente, nos postos do tráfego, está imperando a política dos cartazetes. Isso quer dizer que tudo o que vai ser implantado é divulgado para os companheiros por meio de cartazes que são fixados junto aos monitores de escalação dos OTs.
Se nas noitadas os SLs já não conversam mais com os grupos de funcionários, imagine com os OTs das escalas 5×2 e 4x1x4x3, que não têm intervalo suficiente entre as voltas, assim como os da escala base!
Eles estão dificultando a criação de qualquer oportunidade para diálogos, principalmente na Linha 2, onde houve prolongamento do trecho até Sacomã, sem que houvesse aumento adequado do quadro de funcionários daquele posto.
Encaminhamento
A GOP “ficou de rever” esta prática e esclareceu que não autoriza os SLs a entrarem nas cabines sem identificação, e que irá cobrar mais diálogo dos SLs com suas equipes, inclusive com as escalas que não passam pela noitada.
Quanto às advertências, todos aqueles que foram punidos e sentiram-se injustiçados devem procurar o diretor do Sindicato da sua área para tratar do problema.
Boa vontade
O Sindicato ressalta que, para os metroviários, não só do tráfego, mas de toda a GOP, não há problemas com relação à cobrança de suas responsabilidades. Esta atitude é positiva para o aperfeiçoamento de suas tarefas, porém, desde que seja feita de maneira assertiva, construtiva, e não apenas para prejudicar e/ou punir.
Assim como querem prestar um serviço com qualidade, os metroviários também querem ser tratados com respeito. Cadê nosso uniforme de verão? Cadê nossos armários novos? Cadê as melhores condições nas cabines e bilheterias?
Qualquer tipo de relação tem que ser recíproca, seja ela trabalhista ou não!