Juiz nega demissão de secretário-geral do Sindicato
A 5ª Vara do Trabalho da zona leste de São Paulo publicou no dia 3/11 decisão que anula suspensão contratual do secretário-geral do Sindicato, Alex Fernandes, punido pela direção do Metrô por haver participado na última greve da categoria.
Alex Fernandes havia sido acusado de “impedir e obstruir” o fechamento de portas de trens nas estações Brás, Tatuapé e Santa Cecília, “interrompendo a circulação dos trens”. Ao analisar as provas fornecidas pela empresa, porém, o juiz Luciano Lofrano Capasciutti concluiu que não há como afirmar que o secretário-geral do Sindicato cometeu as “faltas graves” apontadas pelo Metrô.
O magistrado ordenou que o Metrô convoque o trabalhador de volta ao trabalho no prazo máximo de dez dias, sob multa diária de R$ 5 mil.”Não reconheço a prática, pelo réu, das faltas graves narradas na petição inicial”, escreveu. “Como decorrência, rejeito o pedido da autora de rescisão do contrato de trabalho do réu por justa causa”.
O juiz Capasciutti desmontou todos os argumentos apresentados pelo Metrô para sustentar o pedido de demissão por justa causa de Alex Fernandes. A empresa apresentou imagens, áudios e testemunhos para “provar” que o trabalhador havia impedido o fechamento de portas dos trens, mas, ao analisar o material, o magistrado não encontrou nada que pudesse comprometê-lo. Ao contrário, vídeos e depoimentos endossam a inocência do metroviário
A luta e a solidariedade da categoria e a competência do Departamento Jurídico do Sindicato foram determinantes na readmissão. Agora falta o retorno ao trabalho de mais 16 companheiros. Ninguém fica para trás! Não tem arrego!
