Má administração do Metrô aumenta número de falhas graves

Imagem vazia padrãoNo ano passado, a empresa registrou 113 incidentes notáveis (termo que o Metrô utiliza para designar panes que durem no mínimo seis minutos até serem resolvidas). Isso significa um aumento de 105% em relação à 2009  (55 incidentes notáveis). Esses transtornos provocados à população, e também aos metroviários, têm relação direta com a corrupção no sistema metroferroviário, já que vários contratos fechados do Metrô e da CPTM com empresas como Alstom e Siemens fazem parte do que ficou conhecido como “Propinoduto Tucano”.


As informações que o Sindicato dos Metroviários está divulgando, coletadas de estatísticas do próprio Metrô, apontam que desde 2009 houve um crescente contínuo de falhas. Os dados não levam em conta os incidentes da Linha 4-Amarela, que é privatizada e administrada pela concessionária ViaQuatro, e não revela os números.

O Sindicato destaca que ocorreram mais falhas graves nos trens desde a inclusão de trens novos e reformados. No caso dos trens novos, ocorrem mais falhas no início da operação, que são reduzidas após dois anos de circulação.

Já no caso dos trens reformados, percebemos que já estão chegando a três anos de circulação e, particularmente a Frota K, continua numa ascendente de falhas. No caso da Frota L, apesar de não ocorrer um aumento, continua num ritmo alto de ocorrências.

Além do alto custo da reforma (pelo menos 85% de um trem novo, se não contar o contrato de CBTC, que também influi no custo do trem), os trens reformados geram muito mais problemas no sistema, por um período maior, envolvendo a segurança dos usuários e funcionários e aumentando os gastos com correções e prejuízos referentes às perdas provocadas pelas paralisações.

Está claro que o governo do Estado fez uma má administração do dinheiro público ao optar pela reforma dos trens. Se tivesse optado por comprar trens novos, teria gastado menos dinheiro e não haveriam tantos problemas no sistema. Além disso, o Metrô teria 98 trens reservas (os antigos continuariam em circulação).