Metrô: precarização a olhos nus
A atual gestão da governo conseguiu um marco negativo.
Nunca antes na história da operação comercial houve usuários se locomovendo na passagem de emergência, com a via energizada e com trem com portas derivadas e em movimento.
Ás 9 horas do dia 1º de junho, um problema no CAF H 55 em Santana via 2 exigiu reboque, parou o sistema por 45 minutos e, para acelerar o restabelecimento e tentar maquiar a precarização, o Metrô determinou a movimentação da composição H 52 com usuários ainda na passagem de emergência.
Na mesma tarde, por volta das 17h30, o trem modificado J 45, que já apresentava falha no PAT, teve problemas em Sé via 2 e novamente foi configurado um incidente notável,com mais de 20 minutos de paralisação, prejudicando a população.
Às 22h30, na estação Bresser/Moóca, o trem CAF H 66 foi evacuado e recolhido por estar com vazamento de corrente elétrica, ou seja, dando choque em sua carcaça. Dependendo do organismo, 100 miliâmperes de corrente é o suficiente para provocar um enfarto.
É a precarização que o governo do Estado e a direção do Metrô, contando com a omissão cúmplice de determinados órgãos de imprensa, tentam transferir a população, ora apontando a demanda, ora caluniando o profissionalismo dos trabalhadores metroviários, que mantêm o transporte apesar da negligência irresponsável do governador em oferecer um sistema público, confortável, seguro e com preços acessíveis à população.
Até o fechamento da edição 585 do Plataforma, não tínhamos a informação do último problema (H66), não saindo referências a respeito na matéria impressa no Jornal. A multiplicação dos problemas não param e a negligência do governo continua.
Mudanças preocupam os operadores
O Metrô anunciou a transferência de composições Cobrasma e Mafersa para a Linha 1 e a ida dos CAFs para a Linha 3, para funcionar a partir de novembro.
Só que com o quadro reduzido sequer os operadores tiveram condições de fazer treinamentos razoáveis dos modificados I e J e agora terão que aprender a trabalhar com as frotas vindas da Leste.
É necessária a adequação do quadro para que todos tenham os devidos treinamentos e reciclagens para atuar em todas as frotas com absoluta segurança e profissionalismo.
Não adianta depois políticos inconsequentes tentando se isentar da responsabilidade atribuir os problemas a sabotagem de trabalhadores!