Metrô propõe acordo com retirada de direitos – Participe de assembleia on-line nesta quarta (13/5)

A empresa e o governo Doria ultrapassaram todos os limites e partiram para ofensiva contra os trabalhadores. O Metrô protocolou, em 11/5, proposta no TRT de Acordo Coletivo em que prevê reajuste 0%, sem reposição da inflação, fim do Risco de Vida para OTMs e ASMs, redução da gratificação de férias, horas extras e adicional noturno. Categoria vai decidir em assembleia na quarta, dia 13/5, sobre proposta do Sindicato de prorrogação do Acordo.

Mesmo diante da pandemia do novo coronavírus, em que a categoria metroviária presta serviço essencial à população e está exposta ao contágio, o Metrô apresentou uma proposta de Acordo punindo os trabalhadores, justamente em momento de incertezas e fragilidades. O Sindicato defende a manutenção dos direitos e a negociação do ACT somente após o final da pandemia. O TRT concedeu cautelar ao Sindicato prorrogando o ACT por 90 dias.

Veja as propostas apresentadas pelo Metrô:

Reajuste zero, sem reposição da inflação, para salários e benefícios
Redução das horas extras de 100% para 50%
Fim do Adicional por Risco de Vida para OTMs das bilheterias e ASMs
Gratificação de férias cai para 1/3 do salário
Redução do Adicional Noturno de 50% para 20%
Diminuição da contribuição da empresa para o Metrus de 84% pra 70% e aumento do desconto máximo pago pelos trabalhadores de 12% para 20% sobre salário-base
Acaba com a gratificação por tempo de serviço para quem foi contratado a partir de 30/04/2015 e fim do reajuste de 1% por ano para quem recebe
Redução do prazo para o direito de defesa do funcionário de 3 para 2 dias
Aviso prévio cai para 3 dias por ano trabalhado, limitado a 20 anos (atualmente são 3 dias por ano trabalhado,
limitado a 35 anos), além do prazo legal
Fim da estabilidade de 180 dias para quem estava afastado por doença. Passa a ser dever do empregado
dizer à empresa que falta menos de dois anos para aposentadoria para garantir a estabilidade
Férias poderão ser divididas em 3 períodos, sendo uma delas no mínimo por 14 dias e as outras de, no mínimo, 5 dias
Pagamento do adiantamento no dia 15 e salário no segundo dia útil do mês l Pagamento de vale transporte
correspondente à CLT

Além de pôr em prática as MPs de Bolsonaro contra os trabalhadores, Doria agora que por conta própria retirar conquistas e direitos históricos dos metroviários. Ao invés do reconhecimento pelo trabalho e serviços prestados, são apresentados ataques e desvalorização de todos os esforços da categoria. Os gerentes da empresa e o secretário de
Transportes fazem vídeos de agradecimento e aplausos para a categoria, mas não hesitam na hora de atacar nossos direitos.

Participe da assembleia on-line nesta quarta-feira (13/5 para decidir sobre proposta do Sindicato. Manifeste a sua opinião e lute contra o desmonte do metrô, dos ataques e retirada de direitos!