Metrô tenta precarizar a Segurança para facilitar privatização
O Metrô decidiu implementar mudanças nas atividades dos ASMs determinando atendimento na linha de bloqueio, que é feito pelos OTMs. Essa medida provoca aumento nas atribuições dos trabalhadores e coloca a população e trabalhadores em risco. A Cia., que ameaça punir quem não assumir as funções, precisa garantir a segurança no transporte e contratar mais funcionários.
A empresa resolveu piorar as condições de trabalho dos ASMs e atribuir funções da linha de bloqueio, como verificação de irregularidades em bilhetes, condução de PCDs entre outras desempenhadas pelos OTMs. Por isso os Seguranças estão se mobilizando para evitar o acúmulo de atividades que podem colocar em risco as pessoas no transporte.
A defasagem do número de funcionários no metrô é um problema que a categoria enfrenta há anos. Se na década de 1990, quando o metrô tinha cerca de 9.200 funcionários para atender 1,2 milhões de usuários por dia, hoje a categoria é composta por aproximadamente 8.500 metroviários para os mais de 4 milhões de passageiros (em condições normais) diariamente. Os Seguranças são frequentemente alvos de agressões e violência.
O quadro de trabalhadores está ainda mais reduzido na pandemia por conta do afastamento do grupo de risco. Com a flexibilização da quarentena, a demanda no metrô aumentou e exige o aumento de efetivo para dar conta das necessidades. O Sindicato já realizou inúmeras denúncias e mantém campanha permanente pela contratação de mais funcionários por meio de concurso público.
O governo Doria intensifica a precarização para tentar impor a privatização. O Sindicato repudia as práticas da empresa e presta solidariedade aos ASMs. É preciso lutar e resistir frente aos ataques.