Moção de repúdio ao Metrus

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo repudia a atitude do Metrus que, utilizando-se de e-mail destinado a todos os empregados, expôs o nome de Nilson Alves da Silva, trabalhador com grandes contribuições à causa metroviária e conselheiro do Instituto. A referida mensagem, além de não esclarecer adequadamente os fatos, deixa no ar a ideia de que Nilson Alves da Silva pretende atravancar o funcionamento do Instituto.

É necessário esclarecer que Nilson ingressou no Conselho Deliberativo do Metrus em 2009, como suplente, por isso participa das reuniões com direito a voz, mas sem direito a voto.
 
Posteriormente, em 2011, ele disputou a eleição para tornar-se titular do conselho e poder votar nas suas deliberações. Nesse pleito, houve diversas irregularidades no processo eleitoral e na apuração. Houve recepção de votos por meio não previsto em edital; os empregados que haviam ingressado recentemente foram excluídos do pleito – sem que houvesse previsão na lei, no regulamento e no estatuto do Metrus; problemas na abertura do sistema de votação pela internet (necessitando que fosse violado o sistema – sem acompanhamento de fiscais, candidatos e da comissão eleitoral) entre outros problemas.
 
Em razão disso, ele ingressou com um recurso administrativo perante a comissão eleitoral, o qual foi indeferido. Em seguida ingressou com uma ação anulatória. Nessa ação foi deferida medida liminar determinando a suspensão da posse dos conselheiros eleitos.
O Metrus, por sua vez, ingressou com um recurso para cassar esta medida liminar e o Tribunal de Justiça de São Paulo restabeleceu a posse desses conselheiros. Cabe frisar que o mérito da ação (anulação do processo eleitoral) ainda não foi julgado, bem como não foi julgado o mérito do recurso do Metrus (manutenção ou não da liminar).

Na realidade, o conselheiro está apenas exercendo seu direito de ingressar na Justiça para assegurar os direitos, defender a lisura, transparência e maior participação dos empregados no processo eleitoral.

Há outras questões urgentes para serem tratadas pela diretoria do Metrus, como os constantes aumentos na contribuição do plano de previdência suplementar I, a evasão de bons profissionais do plano de saúde e odontológico, a alta taxa de exclusão e difícil situação dos aposentados para pagamento da mensalidade do plano de saúde, os investimentos do Instituto, o déficit nos planos de saúde integral e especial, entre outros.  Afinal, trata-se do nosso dinheiro!

São Paulo, 22 de junho de 2012