Oposição de Esquerda vence 4º Congresso Nacional dos Metroviários
Encontro aprovou resoluções contra o atrelamento da entidade ao governo federal e plano de lutas. Paulo Pasin, diretor do nosso Sindicato, é o novo presidente
A chapa Oposição de Esquerda, encabeçada por Paulo Pasin, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi eleita com 45,3% dos votos, derrotando as chapas da CTB, que obteve 31,33% dos votos e da CUT que recebeu 23,3%. A Chapa da Oposição de Esquerda é composta por militantes da CSP-Conlutas, Intersindical, Unidos Prá Lutar e independentes.
O Congresso definiu que os metroviários brasileiros devem se unir na luta por um metrô público, estatal e de qualidade e em defesa da regulamentação da profissão. Após intenso debate, aprovou resolução que denuncia o chamado PAC da mobilidade. Esse programa do setor de transportes para os megaeventos prevê que as obras serão construídas por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs) atendendo exclusivamente aos interesses das grandes empreiteiras e multinacionais do ramo de transportes.
O encontro representou uma importante vitória para a categoria e aponta o caminho de uma Fenametro de luta, democrática e independente dos governos e patrões. Prova isso é que entre as resoluções do evento destaca-se que nenhum texto aprovado durante o Congresso poderia conter qualquer tipo de apoio ou avaliação positiva dos governos Dilma ou Lula. Também importante foi a votação de um plano de lutas para a categoria, que começa com uma manifestação nacional no dia 26 de outubro, dia do metroviário.
Foi aprovada a resolução de descentralização da direção da Fenametro, com a criação de vices-presidentes regionais para conduzir a luta da categoria em conjunto com os sindicatos. E foi votada uma moção de repúdio e denúncia da Rede Globo, que em seu programa Zorra Total faz piada com o assédio sexual dentro dos trens do Metrô.
O primeiro dia do encontro ocorreu na sede do nosso Sindicato. Nos dias 26, 27 e 28, o Congresso foi realizado na cidade de Atibaia (SP). Na abertura do Congresso, o companheiro Altino, presidente do nosso Sindicato, ressaltou que era inaceitável a presença de representantes do ministro do Trabalho, do secretário estadual de Trabalho e do secretário do Transporte Metropolitano de São Paulo, que privatizam e atacam nossos direitos.