Pelo fim da agressão machista!
Na edição nº 571 do Jornal Plataforma, publicamos uma matéria crítica frente aos ataques sexuais que mulheres vêm sofrendo ao utilizar o transporte público, em especial, o metrô.
Em nossa opinião, esses ataques são fruto da sociedade de exploração e opressão em que vivemos. A impunidade e a banalização do assédio, por meio de piadas, músicas e programas de TV, têm exposto as mulheres à humilhações cada vez maiores; e a superlotação e a falta de funcionários reforçam estes ataques e a violência contra as mulheres, negros, homossexuais etc.
É por isso, inclusive, que não concordamos com declarações da empresa que minimizam esses acontecimentos, pois, somente neste ano, foram registrados 44 casos de violência contra as mulheres na Delegacia de Polícia do Metropolitano de São Paulo (Delpom).
Mas a questão não é só essa! Nenhuma mulher deveria ser assediada no Metrô, e em lugar nenhum.
É neste contexto, também, que nós, da Secretaria e da Comissão de Mulheres, junto com a diretoria do Sindicato, fazemos uma autocrítica à publicação da charge ilustrativa da matéria “Brasil do estado mínimo: quem perde são os brasileiros”, publicada no Plataforma nº 571, onde são expostos os seios de uma mulher simbolizando a “mamata” das grandes empresas.
Não podemos reforçar a lógica do uso de setores oprimidos (mulheres, negros, homossexuais) como forma de piada, pois isso contradiz o nosso objetivo de acabar com toda a opressão e exploração. De agora em diante tomaremos medidas para que isso não aconteça mais, já que todos nós estamos de acordo com a luta contra todo tipo de exploração e opressão.