Petróleo/Pré-sal: contra a privatização!
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo é totalmente contrário à realização do leilão do Campo de Libra, marcado para o dia 21 de outubro. A diretoria do Sindicato denuncia que essa privatização é um grande ataque aos interesses do povo brasileiro.
Localizado na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro, na área do pré-sal, o Campo de Libra é o maior campo de petróleo já descoberto pela Petrobrás e está avaliado em mais de um trilhão de reais. Se for entregue às multinacionais, representará um crime à soberania nacional.
Os metroviários, assim como todos os movimentos sociais, exigem que o Campo de Libra fique integralmente sob controle da Petrobrás para que gere empregos e investimentos no Brasil.
Com, no mínimo, 14 bilhões de barris previstos, só esse campo garantiria a autossuficiência do País por mais 60 anos. Ou seja, o tempo que a Petrobrás levou para acumular reservas de 14 bilhões de barris. Isso mesmo, a produção da estatal é equivalente à produção de um único campo do pré-sal, que, agora, o governo federal pretende entregar às multinacionais do petróleo.
Em 2010, durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff declarou que “é um crime privatizar a Petrobrás ou o pré-sal”. A então candidata à presidência da República também declarou que era diferente dos seus adversários FHC e José Serra porque não concordava com “a entrega do patrimônio nacional aos estrangeiros”.
Dilma está se mostrando oportunista e pode entrar para a história como a maior entreguista das riquezas do País, superando FHC, que entregou a Vale do Rio Doce e várias outras estatais.
Leilão do Campo de Libra é ilegal!
Além de ser contra os interesses do povo brasileiro, a privatização do Campo de Libra é ilegal. O artigo 12 da Lei 12.351/2010 permite que o Campo de Libra seja entregue exclusivamente à Petrobrás. Foi a empresa que descobriu e dimensionou seu reservatório, por meio de pesquisas e pesados investimentos com dinheiro público.
“A nossa posição de reserva com o pré-sal é muito confortável pelos próximos 20 anos. Por que vai abrir Libra para a participação de empresas estrangeiras e interesses estrangeiros?”. A pergunta é de Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobrás no governo Lula e responsável pela descoberta do pré-sal.
“As empresas estrangeiras representam os interesses de seus países. Nós conhecemos a história do petróleo. Isso não está certo”, insistiu o ex-diretor da Petrobrás.
